MATERIA MÉDICA – Abrahcon
(o ´olho gordo´, o ´invejoso´ da Matéria Médica)
- Arruda (vegetal) – O nome Arruda vem do grego ´rhéo´ que significa, escoar, extravasar.
- Simbolismo :
- Ligada a vários ritos religiosos africanos antigos como os do Candomblé e Umbanda; o Vodu também utiliza a arruda em suas cerimônias ao incensar o ambiente para que o feiticeiro entre em contato com sua divindade máxima;
- erva antiga de grande virtude, também conhecida como ´erva da graça´ e ´erva do arrependimento´
- ligada à Igreja Cristã era considerada antigamente como uma das ´ervas santas´, pois seus ramos, folhas e flores eram utilizados para aspergir água benta sobre os fiéis em missas solenes;
- ainda hoje tem-se a esperança de que a Ruta nos livre de males espirituais e físicos;
- na Inglaterra no século XVII a arruda era colocada nos bancos dos tribunais para evitar ´doenças de cadeira´, portanto esterilizava as cadeiras;
- a arruda compõe-se com outras ervas, como incenso nos rituais afro-brasileiros;
- os sacristães colocavam junto com brasas, para que a fumaça advinda do ato de incensar, purificasse o ambiente possibilitando que os pensamentos dos fiéis subissem às alturas, aliando-se à Deus;
- plantinha usada para espantar mau olhado; usada em sua forma natural ´raminhos com folhas´, geralmente três raminhos são colocados atrás da orelha ou guardado dentro do soutien no seio esquerdo.
- Aborrecido e desconfiado por todo o dia.
- abortiva e se usada com este propósito encerra a gravidez de forma prolongada e sofrida.
- Agitado, frequentemente se vira e muda de posição quando deitado; agitação, o paciente não pode estar tranqüilo, não está bem em nenhuma posição, agita constantemente as pernas para encontrar uma melhor posição, apesar de a marcha o fatigar, levanta-se, vai e vem.
- Ansioso como se tivesse feito algo errado, não confia em seus melhores amigos, pensa estar constantemente sendo enganado; ansiedade como se precisasse morrer.
- ataques de pânico.
- chora por tudo que acontece em sua volta e especialmente pelos seus atos.
- danifica e espolia o objeto desejado e a si mesmo em seu processo de reparação da culpa que sente por sua capacidade destrutiva.
- descontente, insatisfeito consigo mesmo, desesperado.
- desejo sexual aumentado nos homens.
- dificuldade de entender.
- dificuldade em avaliar-se internamente, por estar sempre voltada para o exterior, faz com que Ruta se subestime tanto que tudo aquilo que é do outro ou que não está nas suas mãos, seja maior e melhor do que ela e do que possui.
- Esquecimento.
- excitação que piora à noite, durante as cefaléias.
- fraturas, entorses, luxações, lesões de ligamento e tendões.
- indolência e aversão ao trabalho mental.
- inflexibilidade (mental, emocional e física).
- inquietude lembra a ansiedade do invejoso que passa mal com a vista do bem estar do outro; o invejoso sente-se à vontade apenas com o infortúnio alheio, assim todos os esforços por satisfazer um invejoso são em vão, assim como o descontentamento e a insatisfação consigo mesmo do indivíduo Ruta são insolúveis.
- insatisfeito consigo mesmo e com os outros.
- Inveja; o mais invejoso da Matéria Médica.
- Irresolução.
- irritado, irascível, que tem aversão à tudo, com o espírito de contradição com cansaço de viver.
- medos (de câncer, de doença cardíaca, de demônio, de água, de morte, de perder a consciência, de algo terrível que pode lhe acontecer, de altura, de cobras, agorafobia, claustrofobia).
- obnubilação, lentidão, dificuldade de pensar e de se comunicar.
- olhar carregado com o olhar do invejoso, olhar da inveja, que é o sentimento irado de que outra pessoa possui e desfruta de algo que ela deseja, sendo o impulso invejoso tira-lo dela e espoliá-la.
- perfil de uma pessoa que reconhecendo seu fracasso, sua impotência, sua incapacidade, sua obscuridade, busca e deseja do outro aquilo que não tem, característica básica do invejoso.
- pesadelos em crianças, desejam companhia à noite.
- Remorsos.
- Ruta, equivocadamente, busca a luz provocando a morte; provoca a esterilidade; intoxicações do organismo do tipo artrítico, e mesmo de intoxicações mais graves podendo ir até o estado canceroso.
- Ruta está associada ao fantástico, ao sobrenatural e aos poderes de purificação e cura.
- Ruta tem também uma curiosa utilidade: seus ramos frescos são colocados os locais infestados por ratos, o cheiro da erva é insuportável para os roedores que fogem.
- sensação nas pernas como se elas tivessem amolecidas quando sentada.
- Sensação de contusão e claudicação por todo o corpo, como depois de uma queda ou de um golpe, pior nos membros e juntas.
- sensação de que está roto, rasgado.
- Sensação de ter os olhos forçados, quentes como bolas de fogo.
- sente-se desolado, como se ele tivesse feito alguma coisa errada.
- tóxica e provoca o abortamento senão em doses praticamente mortais para a mulher.
- visão turva que por associação entende-se que é seu olhar mau ou mau-olhado; o olhar de Ruta é o olhar de seu eu interior que como Medusa destrói e mutila o objeto desejado; Ruta, como o gigante Argos da Mitologia que com sua multiplicidade de olhos que nunca se fechavam todos ao mesmo tempo para o mundo exterior, com uma vigilância sempre voltada para fora, não podia voltar-se para o conhecimento de si mesmo, de seu interior, Ruta também ao ter seus olhos sempre a cata do que invejar, não conhece e portanto não pode analisar as suas qualidades e defeitos.
- Ambliopia ou astenopia por esforço excessivo dos olhos ou anomalias de refração, por uso excessivo de luz ruim, costura delicada, excesso de leitura à noite.
- antídoto para todos os medicamentos perigosos e venenos mortais; é abortiva, portanto não pode ser usado por mulheres grávidas.
- articulação do cotovelo dolorosa, com fraqueza do braço, o osso do braço e do antebraço são dolorosos, assim como o punho, há dores crampóides na mão, tanto nos ossos como nos tendões e articulações, os dedos são igualmente dolorosos.
- articulação que é particularmente sensível é a do punho, onde se podem formar nódulos, e mesmo cistos.
- Bexiga com pressão, como se estivesse constantemente cheia, continua depois de urinar, por causa da urgência mal consegue reter a urina, mas se não atender a essa urgência, mais tarde ficará difícil expeli-la.
- bolsas serosas ou nodosidades sobre os tendões dos dedos.
- câncer do intestino grosso.
- cânceres do tipo cirroso.
- Cansaço, sensação de esgotamento geral.
- cataplasma drena o pus colocando a podridão para fora.
- cistos glânglionares, sinoviais ou cistos de tendão.
- Claudicação depois de entorses, especialmente dos punhos e tornoselos.
- coluna vertebral é rica em pequenas articulações, em tecido fibroso e muscular, sofrendo mais que os membros.
- contusões que necessitam de Ruta curam lentamente, salvo se o remédio é dado; estas contusões deixam uma induração, um estado de espessamento do perósteo ou toda a sorte de nodosidades ou endurecimento na superfície do osso; podemos encontrar estas nodosidades na superfície do crânio, ao nível do couro cabeludo, são dolorosas.
- coxas se recusam a desempenhar o seu trabalho por falta de força.
- depósitos, nodosidades em tendões, ao redor das articulações e em periósteo.
- Deslocamentos.
- dificuldade para mover o punho ou joelho depois de entorse.
- dificuldade para subir e descer escadas.
- dor ciática que desce desde as costas, aos quadris e músculos, suportável de dia, mas agrava quando se deita à noite.
- Dor contínua dos olhos e acima deles, com visão borrada, como se os olhos tivessem sido forçados.
- dor de cabeça por forçar os olhos.
- dor e endurecimento do tórax restringindo a respiração.
- Dor em todas as partes sobre as quais se apóia, como se contundidas.
- dor na parte anterior da junta do tornozelo esquerdo (lado inconsciente/emocional) latejante e cortante como se houvesse uma úlcera aí.
- Dor nas costas, aliviada por se deitar sobre as costas; dores nas costas e cóccix como se houvesse machucado por golpe ou queda, sensação de fadiga dolorosa nas costas.
- dores lancinantes nos tornozelos e articulações dos pés, podendo mesmo ter sensações de ardor em repouso.
- dores na nuca, ao nível dos omoplatas, tem dor se levanta os braços.
- dores de Ruta, convém nas fraturas, ao lado de Arnica, Symphytum e Hypericum.
- ejaculação precoce.
- entorses e contusões.
- Erisipelas.
- Exostose escrofulosa.
- fixação prolongada dos olhos num trabalho minucioso (costureira, desenhista, etc.) produz essa alteração da musculatura do globo ocular com dor, sensação de que as letras estão andando e lacrimejamento.
- fotomania, pois o esperado é que os indivíduos que estão adoecidos nos olhos tenham aversão aos estímulos luminosos, entretanto Ruta, ao contrário busca a luz.
- fraqueza, especialmente das extremidades inferiores, ficar em pé ou levantar é difícil; facilmente cansado.
- fraqueza muscular é também marcada nos membros superiores, as mãos são fracas e não podem segurar nada, tem uma fraqueza paralítica nas mãos, sobretudo nos punhos, mesmo em repouso os punhos parecem fatigados.
- Fraturas.
- Frieiras.
- inflamações sinoviais.
- lesões da coxa e do joelho; sem estabilidade nas coxas e nos joelhos, sente em dificuldade; o joelho simbolicamente é ´poder´, em todos os sentidos, mesmo poder político.
- leucorréia antes e depois da menstruação por poucos dias.
- Lombriga.
- mãos dolorosas e entorpecidas.
- membros inferiores que parecem incapazes de sustentá-lo porque os quadris e músculos lhe parecem débeis.
- músculos da coluna vertebral são fracos e dolorosos, o paciente está particularmente agravado quando se abaixa ou fica de cócoras.
- músculos dos olhos apresentam também a sua insuficiência pela astenia visual acomodativa; é o caso das dores de cabeça provocadas pelo astigmatismo e que persistem após a colocação de óculos adequados.
- músculos intestinais são fracos, constipação atônica, os esfíncteres e o elevador do ânus enfraquecem permitindo o prolapso retal durante a defecação, os esfíncteres da bexiga tanto podem estabelecer uma retenção atônica das urinas como uma incontinência.
- nodosidades de tendões das articulações lesadas.
- nodosidades que se formam nas palmas das mãos.
- Obstipação, por inatividadeou impactação depois de traumatismos mecânicos.
- olho de Ruta pode apresentar dores, vermelhidão, inflamação, uma sensação de queimação à luz artificial, o paciente vê uma auréola vermelha ou um halo verde em torno das lâmpadas, a pupila se contrai, a porção tarsal das pálpebras tornam-se dolorosas, o olho não distingue mais os detalhes, as letras se embrulham diante dos olhos, podendo chegar até a ambliopia.
- Olhos frágeis (conjuntivites, cataratas, hemorragias, inchaços, inflamações, úlceras de córnea); dor ardente nos olhos como bolas de fogo, à noite, cansaço visual por ler ou fazer trabalhos minuciosos nos quais fixa a vista, melhora pelo calor local.
- ossos do pé estão doloridos, com sensação de calor (purificação do mal pelo fogo).
- Pálpebras inferiores com espasmos.
- palpitações com ansiedade.
- perda da elasticidade dos músculos e tendões.
- Periostite.
- pernas fraquejam ao levantar-se da posição sentado, ou ao sentar-se depois de caminhar, ainda que um curto trecho.
- pés dolorosos, com queimação em especial nas solas.
- Prolapso do reto, de imediato ao tentar evacuar, ao se curvar levemente, depois de parto, urgência freqüente e ineficaz.
- prurido generalizado.
- reumatismos que tocam os tecidos fibrosos e musculares.
- sensação de machucadura, fadiga dolorosa, em todo o corpo, como depois de queda, mas mais marcante em membros e articulações.
- sensações térmicas anormais, sensação de frio, que se alterna com uma sensação de calor, o paciente é em geral sensível ao frio e ao tempo úmido.
- sintomas em geral agravados durante as regras, e estas são muitas vezes seguidas de uma leucorréia irritante, corrosiva, com prurido vaginal.
- sintomas relacionados em Coluna podem gerar um desequilíbrio psicomotor que é confirmado pelos sintomas: depois de ficar sentado, não pode andar imediatamente, cai para trás de novo; ao andar, cai de um lado para outro, suas pernas não podem sustentá-lo, não há força ou estabilidade nas coxas; dificuldade em subir e descer escadas, as pernas se dobram sob ele, não ousa pisar fortemente.
- tendões flexores tanto dos dedos como dos artelhos, que terminam por deixá-los em flexão anormal.
- Tísica depois de traumatismos mecânicos no peito.
- transtornos oculares; astenopatia ocular provenientes de olhos fatigados; dor nos músculos nos olhos, o esforço visual é seguido de dores de cabeça, o olho mesmo se torna avermelhado, e o paciente tem a sensação como se estivessem queimando ou com bolas de fogo.
- traumatismos que atingem os ossos, contusões, choques, golpes, fraturas, todos os transtornos do periósteo podem necessitar de sua ação.
- Urina escassa e esverdeada, involuntária.
- veias das mãos são salientes e inchadas.
- vermes intestinais.
- Verrugas, com dores, planas, lisas, nas palmas e costas das mãos.
- vertigem ao levantar-se da cama.
- Visão brumosa, nebulosa, com completo obscurecimento a uma certa distância; os olhos ardem, doem.
- vista cansada, pelo uso excessivo do olho na luz artificial.
Depois de Arnica, apressa o processo curativo nas juntas, depois de Symphyntum, nos traumatismos ósseos. |
MATERIA MEDICA – Pura Hahnemann (português)
RUTA1
(Arruda)
(O suco fresco espremido da planta inteira, Ruta graveolens, misturado com partes iguais de álcool.)
Esta poderosa planta, até aqui quase somente empregada de maneira casual pela gente comum como um remédio doméstico em determinados casos, adquire considerável importância pelos seguintes sintomas (no todo muito insuficientes !) observados a partir de sua administração. O praticante homeopático vê quais casos peculiares sérios de doença ele é capaz de curar por meio dela.
Se ROSENSTEIN (Reseap., p. 40) não consegue elogiar de maneira suficiente as virtudes da arruda em afecções do olho e falta de clareza da visão por ler em demasia, no que SWEDJAUR e CHOMEL concordam com ele, este deve ser muito cego ao deixar de ver que estas são unicamente devidas ao poder homeopático da arruda causar uma condição semelhante nas pessoas saudáveis. Veja sintomas 44, 45.
Por este medicamento que age de modo tão similar, certamente a enfermidade não é aumentada e agravada como nossos oponentes, que se acham tão sábios em sua ignorância, concluíam com expressões ridículas de alarme, e sem interrogar a experiência. Pelo contrário, ela será curada, rápida e permanentemente curada (caso não dependa de uma enfermidade miasmática2) para o amargo desapontamento e confusão dos rotineiros doutos que rejeitam a mais beneficente de todas as verdades.
Uma diluição, a qual contém em cada gota 1/100000a parte de um grão desse suco, uma gota para uma dose — todos os irritantes heterogêneos sendo afastados — eu tenho visto ser até mesmo uma dose um tanto demasiada em muitos casos.
Cânfora remove os efeitos muito violentos da arruda.
[HAHNEMANN foi auxiliado nesta experimentação por FRANZ, GROSS, HARTMANN, HERRMANN, HORNBURG, LANGHAMMER, STAPF, WISLICENUS.
As seguintes autoridades da velha escola forneceram sintomas:
EL. CAMERARIUS, Hort. Med.
LEV. LEMNIUS, De Occultis Naturæ Miraculis, ii.
A 1a edição tem 224, esta 2a edição, 288 sintomas.]
RUTA
1 Do vol. IV, 2a edição, 1825. — Hughes.
2 N. T. Bras.: em inglês “discrasia”, em alemão “Siechthum”. Embora a 1a edição dos dois volumes de As Doenças Crônicas tenha ocorrido no ano de 1828, Hahnemann já revela por meio desta introdução de Ruta, em 1825, o início da concepção de doenças miasmáticas.
Quando sentado, tontura súbita severa; tudo virou ao redor dele num círculo; depois disto bochechas ardentes (após 12 hs.). [Lr.]
Quando caminha ao ar livre, tontura severa; ele quase teria caído sobre o lado direito não tivesse ele segurado em alguma coisa (após 26 hs.). [Lr.]
De manhã, ao levantar da cama, tontura severa; ele teria caído para frente não tivesse ele segurado em algo (após 24 hs.). [Lr.]
Fluxo lento de idéias, lento para lembrar coisas. [Stf.]
5. Ausência freqüente do poder de pensamento; ele faz coisas que haviam ficado fáceis para ele pela repetição freqüente, de forma totalmente mecânica na hora errada (após 48 hs.). [Ws.]
Embotamento da cabeça, uma espécie de falta de lembrança. [Hbg.]
Confusão do cérebro na fronte, com dor latejante nela, no anoitecer antes de dormir, e ainda pior de manhã ao despertar de um sono muito profundo.
Confusão da cabeça. [Stf.]
Sensação na cabeça e no corpo como se ele não tivesse dormido o bastante. [Hbg.]
10. Peso persistente na cabeça, sobretudo na fronte, como se um peso permanecesse nela (após 3/4 h.). [Htn.]
Depois da refeição do meio-dia, dor de cabeça, como pressão no cérebro inteiro, com uma grande mobilidade do sistema nervoso e desassossego no corpo inteiro, o que não permitiu que ele permanecesse sentado. [Fz.]
De manhã depois de levantar, dor pressiva no cérebro inteiro (após 24 hs.). [Fz.]
Na cabeça inteira uma pressão estupefaciente. [Stf.]
Dor de cabeça pressiva estupefaciente com náusea, especialmente no lado direito da fronte, com sensação de calor na face (após 4 1/2 hs.). [Lr.]
15. Uma dor dolorida se repetindo regularmente no sincipício. [Htn.]
Dolorido na fronte acima da base do nariz (após 2 1/2 hs.). [Fz.]
Dor dolorida que repuxa no lado direito da fronte. [Hbg.]
No lado do occipício uma dor dolorida que bica. [Fz.]
Pontadas terebrantes intermitentes no lado direito da fronte (quando sentado) (após 3 3/4 hs.). [Lr.]
20. Uma dor que espeta que repuxa, do osso frontal para o temporal. [Htn.]
Repuxos que espetam no topo da cabeça externamente (após 24 hs.). [Ws.]
(Uma dilaceração no osso parietal direito, a qual desapareceu no anoitecer; na manhã seguinte, uma tumoração3 do tamanho de uma noz na mesma região, dolorosa quando tocada como se supurando, a qual desapareceu depois de uns poucos dias.).
Dor tensiva que repuxa, como depois de um golpe ou batida, externamente nas partes laterais da cabeça. [Hbg.]
(Primeiro uma violenta dor — que espeta e dilaceração — no couro cabeludo, depois do que um caroço surgiu, do tamanho de uma coroa,4 o qual de início era doloroso quando tocado.)
3 N. T. Bras.: em inglês “boil”, em alemão “Beule”.
4 N. T. Bras.: em alemão “Thaler” (antiga moeda de três marcos).
25. Coceira no couro cabeludo bem atrás do ouvido esquerdo, cuja área era dolorosa quando tocada pela mão, como coceira combinada com esfoladura; ambas, coceira e dor, eram removidas por coçar. [Fz.]
Coceira corrosiva no lado esquerdo do couro cabeludo, como por piolhos, que obrigava a coçar e freqüentemente se repetia (após 36 hs.). [Lr.]
Coceira corrosiva no couro cabeludo inteiro, especialmente no lado esquerdo e no occipício, como por vermes, a qual somente era aliviada por coçar muito, mas sempre se repetia (após 38 hs.). [Lr.]
Duas pequenas úlceras no couro cabeludo, uma no lado esquerdo e uma perto da nuca, a coceira corrosiva das quais fazia com que ele coçasse, e amiúde retornava (após 38 hs.). [Lr.]
Dor dolorida que rói na fronte (após 12 hs.). [Ws.]
30. Dilaceração surda nos ossos temporais (após 1 h.). [Ws.]
Dos ossos temporais para o occipício, no periósteo, dor como por uma queda. [Hbg.]
Dor compressiva queimante externamente na cabeça, a qual atordoa (após 11 hs.). [Hbg.]
Calor na cabeça. [Hbg.]
No anoitecer (por volta das 23:00 horas),5 grande calor na cabeça com inquietude febril do corpo inteiro e ansiedade. [Fz.]
35. Suor no topo da cabeça (imediatamente).
Erisipela na fronte.6 [EL. CAMERARIUS, Hort. Med.]7
Coceira em um lado da face (após 24 hs.). [Fz.]
Dor dilacerante como câimbra no processo zigomático, com dor dolorida estupefaciente em ambos os lados da fronte (após 5 hs.). [Lr.]
Tremor e fasciculação visível nos músculos das sobrancelhas (após 12 hs.).
40. Falta de clareza diante dos olhos como se sombras pairassem diante dele. [Ws.]
(Pontos volantes diante do
s olhos.)
Parece não estar limpo o suficiente diante dos olhos dele. [Hbg.]
Pupilas contraídas (após 2 1/2 hs.). [Lr.]
Os olhos dele parecem como se ele tivesse forçado a visão em demasia ao ler. [Hbg.]
45. Dor fraca8 como pressão no olho direito, com falta de clareza dos objetos ao redor, como se por ter olhado muito tempo para um objeto que era fatigante para os olhos. [Hrr.]
Uma sensação de calor e queimação nos olhos e dor neles quando ele lê (no anoitecer à luz de vela). [Gss.]
Uma queimação sob o olho esquerdo (após 3 hs.). [Hbg.]
Coceira nos cantos internos e nas pálpebras inferiores, as quais se tornam ardentes depois de esfregá-las, no que o olho se enche de água (após 1/4 h.). [Hbg.]
5 N. T. Bras.: aqui Hahnemann considerou 23:00 como anoitecer (Abends), e não noite (Nacht).
6 Por colher a planta. — Hahnemann.
7 N. T. Bras.: Hughes não faz qualquer comentário sobre este autor e sua obra.
8 N. T. Bras.: há um erro de impressão na tradução inglesa onde temos “week” ao invés de “weak”.
Pressão na borda superior das órbitas oculares, com dilaceração no globo do olho. [Fz.]
50. Pressão na superfície interna do olho esquerdo, com grande lacrimejamento dele, ao ar livre (após 48 hs.). [Hrr.]
Pressão em ambos os globos oculares, junto com um espasmo das pálpebras inferiores, por meio do que elas são puxadas algumas vezes para cima, algumas vezes e num maior grau em direção ao canto interno, por alguns dias (após 8 hs.). [Ws.]
Espasmo na pálpebra inferior, o tarso é puxado para lá e para cá, e quando ele cessa, água escorre de ambos os olhos, durante uma hora e meia. [Hbg.]
Espasmo da parte inferior do músculo orbicular, puxando-o para lá e para cá. [Hbg.]
Olhar fixo de forma involuntária para um objeto, com pupilas contraídas (após 1/2 h.). [Htn.]
55. Se ele sacode sua cabeça sente um grugulejar9 de um lado a outro no ouvido. [Hbg.]
Ele sente em seu ouvido como se um pedaço de madeira sem ponta fosse empurrado aqui e ali dentro dele, uma espécie de pressão que arranha (após 2 hs.). [Hbg.]
Dor em torno dos ouvidos como se eles fossem fortemente pressionados. [Hbg.]
Uma pressão quente, que titila, nos ouvidos; a qual era agravada por introduzir o dedo. [Hbg.]
Picadas pruriginosas no ouvido interno direito (após 3 hs.). [Ws.]
60. Nas cartilagens dos ouvidos, dor como depois de uma contusão. [Hbg.]
Sob o processo mastóide uma dor como por um golpe ou queda. [Hbg.]
Nos ossos da face dor dormente, como por um golpe, a qual se espraia para baixo para dentro dos dentes e mandíbula.10 [Hbg.]
Pressão aguda na base do nariz (após 36 hs.). [Ws.]
Na parte superior do nariz uma dor como se uma cavilha11 fosse empurrado transversalmente através dele, o qual arranhou e pressionou; uma sensação não removida ao assoar o nariz nem ao enfiar o dedo. [Hbg.]
65. No dorso do nariz leve suor; o nariz está mais quente, como também as bochechas, com leve vermelhidão da face, sem sede. [Gss.]
(Sangramento pelo nariz (epistaxe).)
(Ela assoa sangue do nariz, o dia todo.)
Beliscadura na bochecha esquerda (após 24 hs.). [Ws.]
Em ambas as bochechas uma dor gotosa corrosiva. [Hbg.]
70. Erupção nos lábios superior e inferior (pelo vinagre da arruda). [LEV. LEMNIUS, De Occultis Naturæ Miraculis, ii, chap. 1]12
Dor perfurante nos dentes inferiores.
9 N. T. Bras.: em inglês “rumbling”, em alemão “kollere”. Entenda-se como uma espécie de borbulhar, tremer, no ouvido.
10 Muitas dores nos ossos e periósteo parecem ser causadas pela arruda.
11 N. T. Bras.: em inglês “plug”, em alemão “Pflock”.
12 N. T. Bras.: Hughes não faz comentários aqui.
As gengivas superiores direitas são dolorosas em seus lados internos, como se feridas e inchadas, com pontadas que repuxam nelas, mais severas quando tocadas (após 36 hs.). [Ws.]
Sangramento das gengivas quando limpa e escova os dentes.
Algumas vezes seco e grudento na boca. [Stf.]
75. Dor dolorida no palato, mais quando não engole do que quando engole (após 2 hs.).
Quando engole, mas não de outra forma, uma sensação de ferida e dolorido no véu palatino. [Gss.]
De tarde, sede de água fria (após 33 hs.). [Lr.]
De tarde, sede insaciável de água fria: ele bebe amiúde e muito, e isto não o oprime (após 24 hs.). [Gss.]
Eructação (imediatamente). [Hbg.]
80. Eructação somente de ar. [Htn.]
Depois de comer e beber, eructação com o gosto do alimento. [Gss.]
Comida tem para ela um gosto de madeira, como se seca e insípida (2o d.). [Gss.]
Ele tem apetite, mas tão logo ele come alguma coisa, sente uma opressão tensiva na parte superior do abdome e peito, como se ele estivesse satisfeito (após 5 hs.). [Gss.]
Ela tem apetite como de costume, mas tão logo ela começa a comer, tudo lhe é repugnante e a deixa cheia de nojo. [Gss.]
85. Soluço freqüente (durante o costumeiro fumar de tabaco) (após 4 hs.). [Lr.]
Soluço freqüente com alguma náusea (durante o costumeiro fumar de tabaco) (após 34 hs.). [Lr.]
Vontade de vomitar quando abaixa. [Stf.]
Um tipo de náusea no scrobiculus cordis com vontade de evacuar, o que é aliviado por instantes pela descarga de flatos. [Gss.]
(Espetada no scrobiculus cordis.)
90. Dilaceração que espeta no interior do scrobiculus cordis (após 24 hs.). [Ws.]
Dolorido que rói no scrobiculus cordis, de noite e de manhã (após 12 hs.). [Gss.]
Dolorido causando inquietude na frente perto do scrobiculus cordis, na região do fígado. [Fz.]
Roedura queimante no estômago. [Hbg.]
Vazio e roedura no estômago, como se ele tivesse estado muito tempo sem comida (após 10 hs.). [Hbg.]
95. Sob as costelas curtas esquerdas, um fino, doloroso, batimento ou beliscão. [Gss.]
Sob as costelas curtas esquerdas, uma dor per se, a qual se torna mais severa quando pressionada e impede a inspiração, quando ela acorda à noite. [Gss.]
Queimação corrosiva na região abdominal esquerda. [Hbg.]
Quando ela t