CALCAREA ARSENICOSA
REINO MINERAL – MIASMA CANCERINICO
- Queixas de mulheres obesas quando se aproximam da menopausa.
- Abstinência alcoólica;
- Afluxo de sangue para a cabeça e peito esquerdo;
- Depressão mental intensa;
- Palpitação cardíaca com a menor emoção.
Calcium Arsenate Ca3(AsO4)2 Toxicologia – é uma substância tóxica para o homem, incluindo carcinogenicidade, com toxicicidade na reprodução e no desenvolvimento, apresenta neuro-toxicicidade e toxicicidade aguda. Inibidores da Colinesterase. O bom funcionamento do sistema nervoso exige uma enzima chamada colinesterase (ChE), que facilita a transmissão dos impulsos nervosos. Pesticidas inibidores da ChE neutralizam esta enzima dando origem a sintomas de neuro-toxicicidade — tremores, náuseas, fraqueza em doses baixas; paralisia e morte em doses altas. A http://www.cesaho.com.br/biblioteca_virtual/livro.aspx Patogenesias Clínicas Calcarea arsenicosa Carlos Lima Melo 7 maioria destes pesticidas são inseticidas com um mecanismo de ação semelhante tanto para os insetos como para os humanos. A exposição a inseticidas inibidores da colinesterase foi associada ao desenvolvimento defeituoso do sistema neurológico do feto e das crianças, à síndrome da fadiga crônica e à doença de Parkinson.
Dificuldade para digerir – queixa principal
Condição inerte / apática do corpo e da mente; a comida parece permanecer no estômago sem digerir
Não tem apetite, só consegue apreciar / aproveitar sopa, refeição que frequentemente provoca eructações e vômito,
Desejo de sopa.
Dor de cabeça aumenta depois do menor erro na dieta
Sede intensa, mas quando bebe muito, dor abdominal seguida de diarreia
Albuminuria
Dificuldade de assimilação se dá não só a nível mental, como a nível da digestão
Dificuldade para assimilar até mesmo a água que bebe.
Tema Central de Calc-ar, que hora se sente tão leve que flutua (quando faz uma boa digestão), ora muito pesado (quando não digeriu nada).
– Incapaz de ocupar-se com qualquer negócio
Ataques frequentes de palpitação, com calor no rosto, que permanece por vários dias, depois de cada um deles, até mesmo a menor emoção da mente; antes de tais ataques sempre aparece um calor nas mãos e tremedeira
Com o esforço mental a dor de cabeça diminui, mas piora muito depois
Mente muito deprimida com grande ansiedade, sobre maiores maus no futuro
Ataques de dores no coração, com ataques violentos de palpitação e medo de sufocar; rosto pálido, olheiras profundas abaixo dos olhos.
Medo de caixão de defunto, de túnel, de lugar fechado
Dores na região do coração e palpitações assustadoras, com ardência e calor no peito, acompanhadas de pontadas nas costas, que se estendem para os pés e os braços
Constrição do coração como se fosse provocada por um afluxo de sangue para o lado esquerdo do peito, com palpitação e urgência para defecar
Leveza do corpo todo, como se estivesse nadando ou flutuando no ar
Ataques súbitos ele sente como se estivesse voando ou nadando no ar, como se os seus pés não tocassem o chão (asar); sente-se indescritivelmente bem, como se estivesse no céu, visões maravilhosas passam diante dos seus olhos, aparecem muitos objetos grandes e diferentes, mas que permanecem por apenas um segundo, passam como um relâmpago, mas só infinitamente mais intensos
Cabeça se torna cada vez mais e mais pesada e os movimentos rápidos fazem com que fique tonto
Cansaço dos membros inferiores, mais nos joelhos
Cansaço que o leva a debilidade a falha dos membros inferiores
Deseja dormir ao meio dia, com pernas pesadas
Pressão pesada: primeiro no vértice, depois no occipício
Cefaleia começa de leve e vai aumentando gradativamente com tanta violência que ele não é capaz de realizar qualquer negócio; mais na testa, como se fosse rachar a cabeça e rasgar em pedaços
Grande depressão mental
Sensação como se uma crosta estivesse na parte superior da garganta e ocasionou aumento e tosse, que abala todo peito e se sente como se machucado.
Pressionando a dor na garganta, na região clavicular, com gosto amargo e impetuoso água
Cirrose hepática em tifo com
Albuminúria
Sensação como se a diarréia aparece logo após cólicas em torno do umbigo com uma pressão descendente
Diverticulose
Fezes com ascarides , e prurido no ânus , desde a tarde até meia-noite
Constrição no reto
MATERIA MEDICA – keynotes
MENTE:
– KN: Medo de pássaros (Calc-s, Ign).
– A mais leve emoção provoca palpitação cardíaca.
– Tristeza. Ansiedade com relação ao futuro.
GENERALIDADES:
– Obesidade.
– Elementos de Ars.: inquietação (3 h.), pensamentos suicidas, etc.
– Friorento.
– < Desregramentos na dieta, esforço leve.
COMIDAS E BEBIDAS:
– KN: Desejo: sopa.
VERTIGEM:
– Sensação que voa ou flutua; como se os pés não tocassem o chão;
indescritivelmente bem; as mais admiráveis visões diante dos olhos,
múltiplas mas durando apenas um segundo; cruzando como raios,
mas infinitamente mais numerosos.
MATERIA MEDICA – DR ALFREDO EUGÊNIO VERVLOET (PORTUGUÊS)
CALCÁREA ARSÉNICA (Arsenito de Cálcio)
Epilepsia com afluência de sangue para a cabeça antes do ataque; aura senada na região do coração; sensação de estar voando. Perturbações em mulheres gordas perto
da menopausa. Malária crônica. Fígado e baço crescidos em crianças. Nefrite, com
muita sensibilidade na região dos rins. Perturbações nos beberrões depois de se tornarem abstêmios. [Carbon. Sulph.]. Mulheres gordas na menopausa, a menor
emoção provocando palpitações. Dispnéia com fraqueza no coração. Calafrios. Albuminúria. Edema. Perturbações no baço e nas glândulas mesentéricas. Pouca he-
moglobina e poucos glóbulos vermelhos no sangue. . .
Mente – Raiva, ansiedade. Desejo de companhia. Confusão, desilusões, üusoes.
Muita depressão.
Cabeça – Afluência violenta de sangue para a cabeça com vertigem. Dor de cabeça melhorando quando deita sobre o lado que dói. Dor de cabeça semanal. Dor de cabeça entorpecente principalmente em volta dos ouvidos.
Estômago – Dilatação na região do estômago. Fígado e baço hipertrofiados nas crianças. Moléstia no pâncreas; alivia a dor ardente do câncer no pâncreas. Arrotos com saliva e batimentos no coração.
Urina – Região dos rins sensível à pressão. Albuminúria, urinando a toda hora. Coração – Constrição e dor na região do coração, com sensação de sufocação, palpitações, opressão, latejamentos e dor nas costas estendendo-se pelos braços, órgãos feniininos – Leucorréia sangrenta com mau cheiro. Câncer no útero; dor queimante no útero e na vagina.
Costas – Dor e rigidez perto da nuca. Dor violenta nas costas, latejando, faz sair da cama.
Extremidades – Remove os produtos inflamatórios nas veias das extremidades inferiores. Cansaço e manqueira nos membros inferiores. Modalidades – Piora, com esforço leve. Dose – Terceira trituração.
@MATERIA MEDICA – DR CARLOS LIMA MELO
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Patogenesias Clínicas Calcarea arsenicosa Carlos Lima Melo 1
Calcarea arsenicosa
Patogenesia Clássica mais Patogenesia Clínica de
vários autores.
“A mente que se abre para uma nova idéia
jamais volta ao seu tamanho original” Albert
Einstein
“O futuro pelo qual sempre trabalhei pertence
a mim” – Nikola Tesla discovered the principles of
alternating currents and developed the first alternatingcurrent
induction motor and the Tesla coil and several
forms of oscillators (1856-1943)
Quando o homeopata prescreve apenas com base em um
mosaico de sintomas ele nunca terá uma noção exata do
indivíduo a sua frente, ou seja, uma imagem da sua totalidade
(Picture). Ele terá pouquíssimas chances de acertar além de um
similar, mesmo quando consegue algum resultado em virtude da
lei da similitude parcial.
Uma prescrição que toma como base apenas um mosaico de
sintomas tem pouca chance de chegar ao verdadeiro simillimum
do paciente.
Quando prescrevemos levando em consideração também a
imagem (Picture) do paciente x imagem do medicamento o
resultado tem mais chance de ser positivo.
Se assim trabalha o homeopata não terá dúvidas ao comparar a
imagem de um caso bem sucedido com a de outro paciente que
venha aparecer na clinica ou com um caso de outro homeopata e
tenha prescrito o mesmo medicamento desde que haja uma
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grande semelhança entre a essência / imagem dos dois casos
mesmo que os quadros clínicos sejam diferentes. Quando se
prescreve por imagens o foco é o indivíduo e não apenas a
doença como fazia Hahnemann.
Quando fazemos uso da totalidade sintomática extraída da
clínica de um paciente e a aplicamos para encontrar o simillimum
de outro paciente podemos chamar a este conjunto de
Patogenesia Clínica. A prática tem mostrado ser este caminho
um dos mais seguros a ser trilhado quando nos deparamos com
uma Patogenesia Clássica pobre, como é a de Calcarea
arsenicosa, como admite o próprio Hering que a realizou.
Hering – Necessitamos de mais curas e até mesmo relatos de
fracassos, mas acima de tudo de boas experimentações em altas
potências.
§153 do Organon
Nessa procura do meio de cura homeopático específico, isto é,
nessa confrontação do conjunto característico dos sinais da
doença natural contra a série de sintomas dos medicamentos
existentes a fim de encontrar um cujas potências mórbidas
artificiais correspondam, por semelhança, ao mal a ser curado,
deve-se, seguramente, atentar especialmente e quase que
exclusivamente para os sinais e sintomas* mais evidentes,
singulares, incomuns e próprios (característicos) do caso de
doença, pois na série de sintomas produzidos pelo medicamento
escolhido, é principalmente a estes que devem corresponder
sintomas muito semelhantes, a fim de que seja mais
conveniente à cura. Os sintomas mais gerais e indefinidos: falta
de apetite, dor de cabeça, debilidade, sono inquieto, mal-estar
etc., merecem pouca atenção devido ao seu caráter vago, se
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não puderem ser descritos com mais precisão, pois algo assim
geral pode ser observado em quase todas as doenças e
medicamentos.
Obs. Infelizmente o foco de Hahnemann ao comentar este
parágrafo era a doença do indivíduo e não o indivíduo doente,
como ele faz ao comentar o parágrafo §213 tal como via Gathak
e outros como Farrington, Nash etc. Certamente Gathak diria
NESSA CONFRONTAÇÃO DO CONJUNTO CARACTERÍSTICO DOS
SINAIS DO MODO REACIONAL DO INDIVÍDUO ENFERMO. Com
esta visão se pode dizer claramente, existem casos típicos em
Homeopatia, pois trabalhando desta forma se pode ver a
imagem do indivíduo refletida no medicamento e vice versa.
Afinal de contas existem ou não existem casos típicos em
Homeopatia?
Mesmo havendo variações de um caso para outro caso entre
pacientes de um mesmo medicamento, lá no fundo há um
conjunto de sintomas característicos (imagem) que se repete.
Um mosaico de sintomas não passa de um conjunto
praticamente aleatório de sintomas comuns a vários
medicamentos ou indivíduos, que nada tem de típico. Se o foco
do homeopata é a DOENÇA e não o INDIVÍDUO DOENTE é
válido afirmar que não há casos típicos em Homeopatia.
O próprio Hahnemann indiretamente fala de casos típicos, leia
com atenção o que ele diz no parágrafo §213 do Organon. Seu
pensamento se repete em discípulos posteriores.
típico
adj typical, characteristical, representative, symbolic,
emblematic.
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Obs. Veja que típico é sinônimo de característico e esta era
a técnica que Hahnemann mais usava, ele buscava em
cada caso o que havia de característico, ou seja, o que
havia de típico em cada caso.
Indiretamente ele fala de casos típicos, basta que você leia com
atenção o seu comentário ao parágrafo abaixo.
§213 Organon
“Por conseguinte, jamais se poderá curar de acordo com a
natureza, isto é, homeopaticamente, se não se observar,
simultaneamente, em cada caso individual de doença, mesmo
nos casos de doenças agudas, o sintoma das alterações mentais
e psíquicas e se não se escolher, para alívio do doente, entre os
medicamentos, tal potência morbífica que, a par da semelhança
de seus outros sintomas com os da doença, também seja capaz
de produzir por si um estado psíquico ou mental semelhante*.
* Assim, o Aconitum várias vezes ou nunca produz uma cura
rápida e duradoura em um doente de psiquismo calmo e
sempre sereno e muito menos a Nux vomica naquele de caráter
suave e fleumático nem a Pulsatilla em um doente alegre, feliz
e obstinado ou Ignatia quando se tratar de estado psíquico
inalterável, pouco inclinado ao susto ou ao desgosto”.
Se meditarmos um pouco sobre o significado da palavra
“alterações” no parágrafo acima podemos entender melhor qual
a diferença dentre indivíduo são e indivíduo doente. Individuo são
não significa assintomático já que indivíduo doente é aquele que
sofreu alterações em algo que já existia.
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Sintoma é apenas uma intensificação / alteração no modo
reacional do indiv
íduo, em algo pré-existente. Logo é possível
chegar ao simillimum de um indivíduo, mesmo quando ele não
está propriamente doente, basta tomar seus sintomas
caracterológicos, aqueles que o acompanham por toda sua vida.
Obs. É hora de aprender definitivamente com Hahnemann, e
neste aspecto ele nunca foi superado, que a Imagem (Picture) de
um paciente ou medicamento é formada não só pelo conjunto
de sintomas característicos da doença, como também pelo
estado psíquico ou mental do doente. Sendo assim Hahnemann
propunha a totalidade sintomática do INDIVÍDUO tanto a nível
do corpo como a nível da mente.
Se ele não usava todos os sintomas do indivíduo para
repertorizar é porque os recursos da época nõ permitiam, mas
hoje com o uso dos computadores podemos tomar qualquer
sintoma, mesmo que ele não seja raro, estranho e peculiar, pois
ele faz parte do modo reacional do indivíduo.