MATÉRIA MÉDICA – Abrahcon
Vegetal
• Adequado aos casos onde predominam os sintomas gástricos.
• Abandonado e infeliz, estes sintomas parecem resumir seu sofrimento mais profundo.
• Altaneiro, orgulhoso, arrogante e depreciativo, modo repulsivo.
• Após vomitar, sensação agradável de paz.
• Bate com impulso nos objetos que estão à sua frente, espanca-os, xinga-os, resmunga, blasfema, fica grunhindo, fica fora de si, sem controle, colericamente histérica, sua boca espuma com tanta saliva.
• Cobiça e avidez, mostrando grande irritabilidade quando os negócios não andam rapidamente.
• Depreciando tudo, e deseja que os outros não apreciem nem valorizem qualquer coisa.
• Desconfiado e caluniador.
• Deseja muitas coisas e não sabe quais.
• Diz no consultório: ´quero curar-me já, agora´.
• Estômago embrulhado, sensação horrível de vômito, sente o estômago relaxado, como se estivesse pendendo como uma bolsa.
• Falta de autocontrole.
• Inconsciente e indiferente.
• Indiferença, sem alegria; busca a concordância dos demais.
• Insatisfeito que não sabe o que quer, indiferente ao prazer, desatento e desgostoso, vive essa sensação em silêncio (pena silenciosa) ou com desprezo e repugnância.
• Malicioso.
• Mau humorado e contrariado porque seu trabalho não é executado suficientemente rápido.
• Medo da morte, com suspiros
• Menosprezo e desdém.
• Meticuloso, escrupuloso, apreensivo, pensa que trivialidades são importantes.
• Misantropo, considera-se infeliz.
• Necessitam que os demais participem de seus pensamentos.
• Parece que o dinheiro é algo que satisfará esse anseio de algo desconhecido, substitui algo que ele deseja, porém que não pode nem sequer designar, por isso sua raiva e sua impaciência, mesmo quando um Ipeca reúne muito dinheiro, segue tão abandônico e desafortunado como antes, porque não era isso que ele desejava.
• Por não conseguir resolver seus conflitos internos, ´vomita´ nos demais suas frustrações.
• Quieto, introspectivo, pensa ser muito infeliz.
• Repleto de desejos inexprimíveis.
• Sensação de ter o estomago relaxado, como se pendesse.
• Sensação de que o dedo na garganta vai-lhe fazer vomitar ´em golfadas´.
• Sente que não encontra prazer em nada, está cheio de desejos porém não sabe de que, tudo lhe parece repugnante, não encontra prazer em nada e deprecia tudo.
• Tranqüilidade depois da cólera, necessita explodir em irascibilidade (cólera) seus conflitos, para só depois encontrar algum equilíbrio.
• Trio Ipeca: língua limpa, hemorragias e estado nauseoso persistente.
• Vontade débil.
• Vontade de viver só (´eu me basto´).
• Arroto azedo.
• Asfixia por acúmulo de catarro em crianças.
• Círculos azuis em torno dos olhos.
• Coceira na pele com náusea.
• Cólica cortante e flatulenta ao redor do umbigo;
• Coqueluche, a criança perde a respiração, torna-se pálida, rígida e azulada, sufoca-se com engasgos e vômitos de muco.
• Crianças que choram e berram, difíceis de agradar.
• Diarréia com náusea e vômito, agarrando no umbigo.
• Dispepsia intermitente, a cada dois dias, à mesma hora;
• Dispnéia violenta com sibilos e ansiedade no estômago.
• Dores como se todos os ossos estivessem partidos em pedaços;
• Dores cortantes através do abdômen, da esquerda para a direita;
• Dores em aperto, compressivas, como se fosse uma mão, cada dedo apertando agudamente os intestinos.
• Epistaxe, vermelho vivo, coagulado.
• Estafas desencadeadas pelo processo anêmico da hemorragia.
• Fastio geral.
• Febre intermitente;
• Fezes de cor verde-grama, com muco esbranquiçado, sanguinolentas, fermentadas, espumosas, pegajosas.
• Frio nas orelhas durante a febre, sensível ao calor e frio.
• Hemorragia ativa ou passiva, vermelho brilhante, por todos os orifícios do corpo; uterina, abundante, coagulada.
• Hemorragia de sangue vermelho vivo, o sangue é expulso em golfadas, como se a artéria estivesse vomitando; sangramento lento e constante, e a cada momento o fluxo aumenta como um jorro, e com cada pequeno jorro ela pensa que vai desmaiar, ou sufoca-se, sendo que o fluxo não é tanto para levar a tal prostração.
• Hemorragia de cor vermelho vivo, de sangue arterial que sai em pequenos jorros, de uma maneira forte, ´viril´, o sangue é ´vomitado´ ativamente.
• Hemorragias uterinas, ou dos rins, intestino, estômago, pulmões, e não das decorrentes de artérias cortadas, onde é preciso fazer uma cirurgia.
• Hemorróidas que sangram profusamente.
• Hipersensível ao calor e ao frio.
• Lábios esticados e caídos em seus extremos, para baixo, com uma prega que vai desde o nariz até a comissura labial.
• Língua sempre limpa, rosada e úmida.
• Mão fria outra quente.
• Menstruação muito adiantada e profusa.
• Náuseas angustiantes, constantes, com quase todas as queixas sentidas no estômago, com eructações de ar, acúmulo e muita saliva, enjôo e esforço para vomitar.
• Obesidade.
• Palidez durante as regras e prostração.
• Pranto, humor chorão.
• Respiração difícil, ao menor exercício.
• Rigidez e contração dos músculos do pescoço com tosse.
• Salivação copiosa, traga a saliva constantemente
• Sangramento nasal ou bucal;
• Tosse seca, espasmódica, sufocante, asmática.
• Tosse asfixiante com ânsia de vômito.
• Urina vermelha (sedimento como pó de tijolo) com dor no umbigo e náusea.
• Vômitos em grande quantidade de muco esbranquiçado, como clara de ovo, sem alívio.
• Vômitos que dão alívio passageiro (solução efêmera).
MATERIA MEDICA – keynotes
Queixas associadas com NAUSEA, VOMITO.
MENTE:
– Cheia de desejos, mas não sabe do que. Sente-se desgraçado.
– Impaciência. Agitação.
– Mal humorado, com desdém por tudo. Ciumento.
– Propensão a ficar zangado. Irritabilidade por ruído.
– Transtornos por mortificação, com indignação; cólera suprimida.
Pesar silencioso.
– Medo da morte, com suspiros.
– Indiferença ao prazer. Sem alegria.
– Crianças choram e berram. Difíceis de agradar.
GENERALIDADES:
– Sensível ao calor e frio.
– < Vomitando.
– Periodicidade.
– HEMORRAGIAS, vermelho vivo.
– Obesidade.
– Transtornos por erupções suprimidas, raiva, irritação.
COMIDA E BEBIDA:
– Desejo: indistinto, iguarias.
– Aversão: Comida em geral.
– < Vitela, comida rica, passas.
CABEÇA:
– Dores de cabeça:
Com forte náusea, vômito (Iris, Meli, Puls, Sang).
Estende-se para todos os ossos, dentes, raiz da lingua.
NARIZ:
– Epistaxis, vermelho vivo, coagulado, < tosse (Dros).
FACE:
– Cianose com queixas respiratórias.
– Círculos azuis em torno dos olhos.
Corada. Um lado (Acon, Cham, Ign, Puls).
BOCA:
– Lingua limpa, or somente com uma fina camada branca.
– A criança põe os dedos na boca.
ESTOMAGO:
– Embrulhado. Sensação horrível de vômito.
– NAUSEA, VOMITO.
Vômito não alivia.
Náusea, mas não consegue vomitar.
< De cheiro ou pensamento de comida, comida rica, sorvete, doces.
< Olhando para objetos que se movem (Cocc, Jab).
< Tossindo. Com dor de cabeça. Com hemorragia.
– Sente o estômago relaxado, como se estivesse pendendo como uma bolsa.
RETO:
– Diarréia com náusea e vômito, agarrando no umbigo.
– Hemorróidas sangrando profusamente.
URINA:
– Urina vermelha (sedimento como pó de tijojo) com dor no umbigo e náusea.
GENITAIS FEMININOS:
– Menstruação muito adiantada e profusa.
METRORRAGIA COM VERMELHO VIVO, SANGUE ESGUICHANTE, NAUSEA
E DESMAIOS.
< Durante e após trabalho de parto, movimento.
– Dor do umbigo para o útero com menstruação, trabalho de parto.
LARINGE/TRAQUÉIA:
– Crupe.
RESPIRAÇÃO:
– Queixas respiratórias com náusea.
– ASFIXIA POR ACUMULO DE CATARRO (Ant-t); em crianças.
– ESTERTORES asmáticos < tempo quente úmido.
TOSSE:
– Tosse ASFIXIANTE com ânsia de vômito, vômito.
– Tosse solta com expectoração.
– Coqueluche com epistaxis e vômito (Dros).
EXPECTORAÇÃO:
– Hemoptise, < esforço (Erig, Mill).
TORSO:
– Bronquite em crianças. Bronquite asmática.
COSTAS:
– Rigidez e contração dos músculos do pescoço com tosse.
– Opistótono.
EXTREMIDADES:
– Uma mão fria, uma quente (Chin, Lyc, Puls).
PELE:
– Coceira com náusea, > após vômito.
Compl: Ant-t, Arn, Ars, Calc, Cupr, Sulph.
DD: Ant-t, Cocc, Dros, Kali-s, Mill, Puls, Sang, Tab.
MATERIA MEDICA – Clarke (português)
IPECACUANHA
Cephaelis ipecacuanha. O. N. Rubiaceae. Tintura ou trituração da raiz seca.
Clínica – Anemia. Asma. Bronquite. Inflamação catarral. Cólera. Consumpção. Convulsões. Tosse. Surdez. Diarréia. Disenteria. Febre tifóide. Afecções dos olhos. Cólica por cálculo na vesícula. Úlcera gástrica. Hematêmese. Hemorragia. Hemorróidas. Histeria. Febre intermitente. Alterações da menstruação. Vício de ópio. Transtornos da gravidez. Febre remitente7. Salivação. Tétano. Dor de dente. Vômito. Coqueluche. Febre associada a verminose. Febre amarela.
7 Febre em que a temperatura varia durante as 24 horas, mas nunca retorna ao normal. A maioria das febres são remitentes, não sendo esta uma característica de nenhuma enfermidade em particular. Este termo tem assim apenas valor apenas histórico em Medicina, pois no século XIX era considerada uma doença a parte (N. do T.).
Características – O bem conhecido efeito emético do Vinho de Ipecacuanha proporciona um sintoma-chave grosseiro para o uso de Ipec. em homeopatia. Em quaisquer transtornos associados à presença de náusea constante, o uso de Ipec. está certamente indicado. A forma especial de náusea é um constante mas ineficaz desejo de vomitar; ou, imediatamente após vomitar, ao invés de alívio, há novo desejo de vomitar. Com a náusea há língua limpa ou pouco suja. Há salivação profusa, com a náusea. A náusea de Ipec. é encontrada com mais freqüência em afecções do estômago e intestino, dos órgãos respiratórios e nas febres. No estômago há um sintoma que é muito característico do remédio: uma sensação “como se o estômago estivesse pendendo relaxado”. Há repugnância no estômago pela comida; vômito seco; vômito de bile, de sangue. Não há > pelo vômito. Os transtornos do estômago podem ser ocasionados por comidas com muitas calorias: porco, massas, frutas, doces, sorvete. O transtorno estomacal do remédio é retratado na fisionomia, que expressa náusea. Os cantos da boca estão repuxados para baixo. Olheiras ao redor dos olhos. Algumas vezes o estado mental corresponde: “rabugento e queixando-se de tudo”; “humor desdenhoso”. A irritabilidade de idosos que se portam como crianças, chorando e gritando. Outro sintoma mental é “cheio de desejos ele não sabe de quê”. Ipec. é um parente botânico da China e é também um antídoto para esta última; está também intimamente relacionada com Viola odorata. Talvez o relacionamento de Ipec. com China tenha alguma coisa a ver com sua larga esfera de ação em febre intermitente. Jahr recomendou que em todos os casos de febres intermitentes nos quais não haja outro remédio particularmente indicado, Ipec. deva ser dado inicialmente. Ou curará ou trará mais indicações precisas para outro remédio. Eu tenho freqüentemente verificado a utilidade deste conselho e ocorre-me que, embora a maioria das febres intermitentes venham sendo tratadas com quinina, é devido a suas propriedades de antidotar que Ipec. exerce alguns de seus bons efeitos. Ipec. tem uma ação periódica muito marcante. Uma indicação especial para ela: náusea em todos os estágios. Outras indicações são: “estágios completamente confusos”; “calafrio curto seguido por febre prolongada”. Ipec. tem muitas dores ósseas, na cabeça e em outros lugares. Dores como se os ossos estivessem moídos. Ipec. é dada como um expectorante na prática da velha escola e se supõe que atue por suas propriedades nauseantes. Mas homeopatas têm provado que doses nauseantes não são necessárias nem desejáveis. A tosse de Ipec. é seca, espasmódica, em constrição, asmática. “Violento grau de dispnéia, com sibilos, grande esforço e ansiedade no precódio.” “Ameaça de sufocação por acúmulo de muco.” Na coqueluche, uma característica é a rigidez espasmódica do paciente. “A criança perde o fôlego, fica pálida, rígida e cianótica; sensação de estrangulamento, com engasgo e vômito de muco; sangramento pelo nariz ou pela boca.” O grande sintoma-chave, sujeito a discretas variações, é uma depressão mental com irritabilidade tecidual. A irritabilidade tecidual de Ipec. é severa e urgente, mas superficial; a de Ars. profunda, difusa e ardente; a de Ferrum envolve tecido, assim como Ars., mas geralmente é menos dolorida (Cooper). Ipec. é um medicamento de grande importância em hemorragias. O sangue é vermelho vivo e o fluxo imediato. Um grande sintoma-chave de Ipec. em hemorragias (seja dos pulmões, intestino, útero ou outras partes) é náusea com a hemorragia. Guernsey assim descreve o efeito de Ipec. na esfera sexual feminina, na qual o poder hemorrágico do remédio é de extrema importância: “ameaça de aborto, freqüentemente com dor severa ao redor do umbigo, que desce em direção ao útero, com náusea constante e descarga de sangue vermelho vivo; descarga de sangue antes do período adequado; metrorragia, freqüentemente após o puerpério, anunciada por pulso fraco, náusea etc.; há fluxo constante de sangue vermelho vivo, que pode escorrer da cama para o chão, ou pode escorrer pelos pés da cama. (Onde há esse fluxo constante de sangue vermelho vivo dê Ipec. e não recorra a aplicações, manipulações etc.) Menstruação muito precoce e profusa; dores de parto ineficazes e com grande aumento do sofrimento, mas nenhum alívio é conseguido, o sofrimento sendo causado pela dor acima referida em torno do umbigo e que caminha para o útero”. Algumas das dores de Ipec. correm de cima para baixo; outras da esquerda para a direita (dor cortante no abdome). Há marcante cefaléia “como se contundido em todos os ossos da cabeça e descendo para a raiz da língua”. Náusea está geralmente associada. O cérebro parece contundido, dor lancinante nas raízes dos dentes. Há também cefaléia originando-se no estômago, a náusea precedendo a cefaléia e persistindo todo o tempo. Teste tem usado o remédio com bom efeito nas “cefaléias em contusão e constritivas, localizadas na região parietal esquerda, começando todo dia às 11 h da manhã, aumentando gradualmente até a dor tornar-se intolerável, depois decresce da mesma maneira”, cessando completamente às 2 h da tarde. Outra esfera na qual Ipec. tem demonstrado grande poder curativo é nos olhos. De acordo com Allen, granulações das pálpebras têm sido curadas pela instilação de diluições. Também inflamação subaguda da córnea, com dor intensa e grande fotofobia. Conjuntivite pustular, especialmente em crianças. Inflamação com dor dilacerante e lacrimejamento. Neuralgia violenta nos globos oculares, dor aguda na cabeça, com lacrimejamento, náusea etc. Dr. Nancy T. Williams (H. R., xi. 65) curou inúmeros casos de cólica de vesícula com Ipec. 6. O alívio foi imediato e duradouro. Com base no sintoma de Hahnemann, “calafrio externo com calor interno”, Mahony deu Ipec. 200 para um sargento do exército de 49 anos, inválido devido a um aneurisma, e que teve o seguinte sintoma enquanto se recuperava de um ataque inflamatório: esfrimaneto das mãos e pés não percebido pelo paciente. Ipec. imediatamente curou isso. (Med. Adv., xxvi. 110). J. R.
Haynes (citado em B. J. H., xxxvii. 203) usa Ipec. como antídoto para vícios de ópio e morfina. Ele dá cinco gotas de Ipec. TM para cada grama de morfina que o paciente tem o costume de usar (ou seu equivalente em ópio). Quando uma seqüência definida é observada na ordem de ocorrência dos sintomas, isso é de grande importância prática. Woodward (Hahn. Adv., Maio, 1900, p. 278) relata os sintomas de Ipec. em 23 experimentadores, desenvolvidos nesta ordem: (1) Gástricos; (2) Respiratórios; (3) Espinhais; (4) Gênito-urinários; (5) Cutâneos. Em muitas instâncias, contudo, os sintomas cutâneos apareceram antes dos gênito-urinários. Devido a seu imediato efeito expulsivo sobre a membrana mucosa, quando dado internamente sua influência sobre a pele não tem sido suficientemente considerada. Misturada com óleo, Ipec. triturada tem sido usada para vesiculações da pele; e, diluída, a tintura é usada para picadas de insetos, abelhas, vespas etc. Produz violenta irritação na pele e, entre os episódios de vômito, um desejo incontrolável de coçar é geralmente sentido em pessoas sob a influência de doses materiais. Cooper curou um mioma uterino imenso, onde uma irritação dolorosa persistente da pele, com constante ânsia e vômito, que piorava por comer, constituía um sintoma proeminente. Irritação muito intensa, interna e externa, especialmente vaginal, com leucorréia espessa e um sentimento de desespero, indica Ipec. Este tem sido usado local e internamente para processos malignos, pústula e antraz, em cujas doenças o Dr. Edwin Muskett considera ser específico (Alleg. Hom. Zeitung., nº 23, Dezembro, 1888). Em certas formas de neurite periférica ela merece mais consideração do que aquela que até agora tem sido dada (Cooper). Em conseqüência de sua conhecida ação cologoga, ela constitui atualmente um componente muito freqüente de pílulas alopáticas. Ipec. tem muito da sensibilidade de Chin. Há < pelo toque. Hipersensibilidade a calor e frio. < no inverno e estação seca. < no calor, vento úmido (inflamação catarral, asma etc.). O calafrio é < em ambiente quente e por calor externo. Calor do verão ou quarto quente = desmaio. Beber > o frio. Água fria > a tosse espasmódica. Bebidas frias ou sorvetes = cólica; < periodicamente; pelo vômito; pela tosse; pela supressão de erupções. < por carne de vitela; por comida pesada (carne de porco, gordura, massa); por sorvetes, casca de limão, passas, saladas. < por comer. < por abuso de quinina. < pelo movimento. > pelo repouso, pela pressão, por fechar os olhos. Ipec., de acordo com Hahnemann, é um medicamento de ação curta. Está especialmente indicado para pessoas corpulentas de fibra relaxada; para pessoas claras; para mulheres e crianças; para pessoas enfisematosas; para pessoas com história de epistaxe ou outras perdas sangüíneas.
Relações – Antidotada por: Arn., Ars., Chin., Nux-v., Tab. É antídoto para: Alum., Apis, Arn., Ars., Chin., fumaça de cobre, Dulc., Ferr., Laur., Op., Sul-ac., Tab., Ant-t. Seguida bem por: Ars. (diarréias infantis graves, debilidade, resfriados, crupe, calafrios); Bell.; Bry.; Cadm-s. (febre amarela); Calc., Cham., Chin., Cupr., Ign., Nux-v., Phosp., Puls., Sep., Sulph., Ant-t., Tab., Verat. Complementariedade: Cupr. Compare: tosse após comer, Nux-v.; (comendo e ao ar livre, Calc.). Uma mão fria e outra quente, Chin., Dig., Puls., Mosch. Náusea constante, Cocc., Kali-c., Sulph., Ign., Acet-ac. Salivação ao deitar – Ipec. (ao deitar à noite, Cham., Nux-v., Phosp., Rhus-t.). Fezes cor de grama, Arg-n. Expressão de náusea, Aeth., Ant-t. Cefaléia em contusão, Ptel., Verat. (sensação de contusão migratória no cérebro). Transtornos gástricos por comidas pesadas,. Puls. (mas Puls. tem língua suja e Ipec. limpa; com Puls. duram somente enquanto a comida está no estômago, Ipec. quando o estômago está vazio). Estômago relaxado, Staph., Lob., Tab.; asma, Cupr. (elemento espasmódico predomina), Lob. (com sensação de fraqueza no epigástrio espalhando-se para o peito). Coqueluche com rigidez, Cina (som de cacarejo descendo pelo esôfago como quando a criança sai do paroxismo; dentes cerrados), Cupr. (predominam espasmos de flexores). Vômito, Ant-t. (Ipec. tem mais náusea, Ant-t. mais vômito e ânsia; Ipec. tem língua limpa ou discretamente coberta, Ant-t. com capa branca espessa; ambos têm vômito após comer, após alimentos ácidos e após tossir). Dores vão da esquerda para a direita. Lach. (de lado a lado, Act. r., Cimic.; da direita para esquerda, Lyc.; com náusea, Ipec.). Afecções torácicas por remissão de erupção do sarampo, Bry. Asma, edema, Linu-u. Gosto de sangue, adocicado, Berb. (também gosto amargo; Berb. tem a boca mais pastosa e pegajosa, Ipec. é geralmente mais limpa; Berb. tem boca seca, Ipec. aumento da saliva e dor aguda na boca e língua).
Causalidade – Aborrecimento e desagrado reservado. Traumatismos. Erupções suprimidas. Quinina. Morfina. Alimentos indigestos.
Sintomas
Mente – Não pode tolerar o menor barulho. Grita e uiva (em crianças). Ansiedade e medo da morte. Rabugice, queixa-se de tudo. Humor desdenhoso. Deseja inúmeras coisas, sem saber exatamente o quê. Irritabilidade e tendência a encolerizar-se. Transtornos por mortificação ou aborrecimento, com indignação. Impaciência. Lentidão de raciocínio.
Cabeça – Vertigem quando anda e quando se vira, com vacilação e cambaleio. Dor, como por contusão, em todos os ossos da cabeça, assim como na raiz da língua (com náusea e vômito). Cefaléia como por contusão no cérebro e crânio, que penetra por todos os ossos do crânio até a raiz dos dentes, com náusea. Sente como se o cérebro estivesse comprimido. Ataques de cefaléia, com náusea e vômito. Sensação dilacerante na fronte, provocada ou agravada pelo toque. Cefaléia lancinante, com peso na cabeça. Pontadas no vértice (ou fronte). Pressão dolorosa na fronte. Dor no occipício e nuca. Hidrocefalia.
Olhos – Olhos vermelhos e inflamados. Neuralgia dos olhos, esp. o D., estendendo-se para o nariz e a boca; ao anoitecer, sensação cortante e pressão nos olhos; ele foi acordado entre 2 e 3 horas da madrugada por dores dilacerantes nos olhos, esp. o D., irradiando para a fronte e tirando-o da cama, < por luz forte e acompanhada por calafrios, febre, suor. Olhos fechados, expressão dolorosa na face; o travesseiro ficou encharcado de lágrimas que fluíam livremente ao abrir o olho D. Espasmo da pálpebra superior E., com três pontos negros diante da visão ao levantar a pálpebra. Ofalmia escrofulosa, dor na fronte e têmporas, fotofobia e ulceração na córnea. Conjuntiva cor de rosa; opacidade corneana; ao anoitecer, perda da visão do olho D., não consegue ler, ofuscado pela luz de vela, que parece multiplicada cinco a seis vezes; na manhã seguinte, anéis iridescentes e flamejantes diante do olho E., que tinha sido menos afetado. Secreção no canto dos olhos. Tremores nas pálpebras. Espasmos das pálpebras. Muco endurecido no canto externo. Pupilas dilatadas. Visão confusa.
Ouvidos – Esfriamento e calafrio nos ouvidos (durante a febre).
Nariz – Epistaxe. Perda do olfato. Coriza, com entupimento do nariz.
Face – Cor amarelada, terrosa ou pálida da face, que está inchada, com círculos lívidos ao redor dos olhos. Espasmos convulsivos dos músculos da face. Lábios cobertos com pequenas aftas e erupções. Erupção na face. Erupção como uma farinha fina na face, com ou sem irritação. Pitiríase. Dor, como por escoriação, nos lábios. Espasmos convulsivos dos lábios. Eritema da pele ao redor da boca.
Dentes – Ataques de dor de dente, como se o dente estivesse sendo extraído. Dor de dente > ao comer; < de tarde e à noite. Dor de dente < de dia; dor de poucos em poucos minutos, com irradiação espasmódica para a têmpora D. e o nariz, como se um dente estivesse sendo extraído. As dores neurálgicas de Ipec. e de Viol-o. freqüentemente acometem a têmpora direita (Cooper). Dentição.
Boca – Sensibilidade dolorosa de todas as partes da boca. Dor aguda na boca e na língua (bordas). Secreção copiosa de saliva. Obrigado constantemente a engolir saliva. Saliva escorre da boca, ao deitar-se. Língua: limpa; branca ou amarela; pálida.
Garganta – A garganta dói durante a deglutição, como por inchação da faringe. Deglutição difícil, como por paralisia da língua e da garganta. Sensação contrátil espasmódica na garganta. Fauces ásperas, doloridas e secas, com pontadas.
Apetite – Gosto amargo, viscoso e insípido, esp. de manhã. Gosto adocicado na boca, como de sangue. Deseja somente guloseimas e coisas adocicadas. Falta de apetite; o estômago parece relaxado. Efeitos desagradáveis ao comer carne de porco, de vitela etc. Gastrite por comida não digerida ou por coisas geladas. Adipsia. A cerveja tem gosto insípido. Fumaça de cigarro provoca náusea e vômito. Grande repugnância e rejeição a qualquer comida. Pirose.
Estômago – Náusea, como se proveniente do estômago, com salivação copiosa, prurido violento na pele e vômitos secos. Eructações, esp. após beber algo frio ou após fumar. Vômito de bebida e de comida não digerida; ou até de material gelatinoso, bilioso, esverdeado, ou ácido ou mucoso, algumas vezes imediatamente após alimentar-se. Vômito de sangue. Vômito com suor, febre, hálito fétido e sede. Vômito e diarréia. Vômito ao inclinar-se para frente. Vômito de material escuro, como piche. Sensação de desconforto excessivo no estômago e epigástrio. Dor indescritível, horrível, e mal-estar no estômago. Sensação como se o estômago estivesse vazio e flácido. Inchação na região do estômago. Beliscadura ao redor do epigástrio e na região do hipocôndrio. Pressão no estômago, com vômito.
Abdome – Sensação cortante e beliscões no abdome (como por uma mão, cada dedo pressionando fortemente o intestino), < em alto grau pelo movimento, > pelo repouso. Dor beliscando em ambos os hipocôndrios e na região da boca do estômago. Dor como por escoriação no abdome. Cólica com agitação, debatendo-se e gritando (em crianças). Cólica com dores como cãibras. Dores incisivas, na região umbilical, com calafrio. Cólica flatulenta, com fezes diarréicas freqüentes. Cólica por hérnia estrangulada.
Evacuação e Ânus – Diarréia, com material em estado de fermentação (como levedo). Diarréia constante. Diarréia esverdeada ou cor amarelo-limão, de cheiro pútrido,