MATERIA MEDICA – Clarke (português)
JABORANDI

REINO: VEGETAL – MIASMA: LUETISTO/SIFILINISMO

Pilocarpus pinnatifolius. O. N. Rutaceae. Tintura de folhas frescas. Tintura de caules e folhas mortas. (O alcalóide, Pilocarpina, foi experimentado independentemente e é tratado como um medicamento à parte.)

Clínica – Alopecia. Astenopia. Bronquite. Queimaduras. Catarata. Espasmo ciliar. Consumpção. Diarréia. Dismenorréia. Erisipela. Tensão nos olhos; hiperopia; afecções dos olhos; operações nos olhos. Fogachos do climatério. Afecções do cabelo. Afecções cardíacas. Hipermetropia. Leucorréia. Miliária. Caxumba. Transpiração excessiva. Salivação na gravidez. Salivação. Assaduras. Estrabismo. Vermes.

Generalidades – Rubor da face, pulsações das artérias temporais, depois calor na boca e na face; salivação, depois suor na fronte, bochechas e têmporas; expectoração incessante, o suor cobre a face e o pescoço, depois todo o corpo vermelho e úmido, calor agradável, depois suor generalizado, que escorre por todos os lados; depois, lacrimejamento e descarga copiosa pelo nariz, atividade aumentada de glândulas mucosas na parte posterior da garganta, traquéia e brônquios; salivação tão intensa que fala com dificuldade, glândulas salivares aumentadas; algumas vezes, acúmulo nos brônquios retirado pela tosse, sede, pupilas contraídas, após o suor e salivação cessarem, prostração, sonolência e secura das partes que secretam copiosamente, < boca e garganta com muita sede. Inquietude ao anoitecer, com ansiedade. Muito tremor, esp. nas extremidades superiores. Sonolência: de manhã, com secura da boca e sede; ao levantar-se; após curta caminhada, com respiração acelerada e palpitação, tanto que as pernas falham ao andar. Desmaio. Colapso.

Características – Jaborandi é uma árvore com vinte pés de altura que cresce na América do Sul. É utilizada pelos índios como um antídoto para picadas de serpentes do grupo das Trigonocephalus. A droga tem sido extensivamente utilizada na prática oftálmica por suas propriedades midriáticas. Sua ação foi observada incidentalmente na pele e glândulas salivares, o que levou a experimentos extensos. Robin (C. D. P.) resumiu os efeitos da droga em doses de 6 gramas das folhas pulverizadas em infusão: muito rapidamente a face ficou vermelha; as artérias temporais batiam muito fortemente; depois uma peculiar sensação de calor na boca e na face e começou o fluxo de saliva. Logo a fronte ficou úmida e a face mais vermelha; depois gotas de transpiração apareceram na fronte, bochechas e têmporas. O fluxo de saliva aumentou, com todas as glândulas salivares contribuindo. A boca ficou cheia de grande quantidade de saliva, com expectoração incessante. Ao mesmo tempo, a transpiração cobriu a face e o pescoço; depois todo o corpo tornou-se vermelho e úmido e uma sensação de calor agradável foi experimentada; em poucos minutos a transpiração apareceu por toda a superfície e logo descia por todos os lados. Ao mesmo tempo outros sintomas apareceram. As pálpebras primeiro ficaram úmidas, então as lágrimas aumentaram, localizadas nos cantos, depois rolaram pelas bochechas; ao mesmo tempo houve aumento de secreção da mucosa nasal e da atividade das glândulas mucosas da faringe, traquéia e brônquios. Estes feitos atingiram intensidade máxima 45 minutos após tomar a droga e duraram mais 30 ou 40 minutos. Glândulas salivares aumentadas. A sede é intensa. Pupilas discretamente contraídas. Quando a transpiração e a salivação cessaram a pessoa estava prostrada e sonolenta e os locais que secretavam excessivamente tornaram-se secos de forma anormal. Em acréscimo a esses sintomas relatados por Robin, outros foram observados: vômito; diarréia; dores no abdome, especialmente na região hipogástrica e no púbis; dores na bexiga e urgência para urinar. Dudgeon relata um caso interessante: um cavalheiro, 45 anos, levantou-se cedo e foi ao outro lado de seu quarto para tomar uma dose de Nux-v. C3 para algum transtorno caprichoso do estômago. Ao voltar para a cama, foi tomado por um súbito e violento rubor carmesim na face, seguido quase imediatamente por transpiração profusa, começando na face e cabeça e estendendo-se por todo o corpo. Seguiu-se extremo esfriamento de extremidades e estado doentio, terminando em vômito, principalmente de muco ácido. Os ataques recorreram de 15 em 15 minutos durante todo o dia. Não somente foi incapaz de sair da cama, mas também não conseguia levantar-se ou deitar de outro lado que não o direito, sem uma tonteira muito desconfortável e uma sensação “como se ele fosse morrer”. Pulso a 60, regular e forte; temperatura abaixo do normal. Dez gotas de Jaborandi foram misturadas em metade de um copo de água e uma colher de sobremesa dada imediatamente e repetida de meia em meia hora. Após a segunda dose os ataques cessaram e foi capaz de comer pão e tomar leite sem transtornos. Ele teve uma boa noite de descanso e estava perfeitamente bem no dia seguinte (M. H. R., Outubro, 1888). Hale comenta seu uso em mulheres ou jovens que têm sempre a pele seca, menstruação escassa e fluxo de sangue para a cabeça. Duncan (H. W., xxxii. 189) abortou erisipelas colocando a tintura sobre a parte, quatro a cinco vezes ao dia. Uma dor severa é o primeiro efeito, seguida por uma sensação calmante muito agradável. Em queimaduras, assaduras e algumas formas de eczema e psoríase, o mesmo uso trouxe excelentes resultados. A ação da droga nos olhos é muito pronunciada e tem sido vista como útil em muitas condições de olhos cansados, especialmente hipermetropia, espasmo ciliar, estrabismo convergente e após operações de estrabismo. Sandesberg (B. J. H., xl. 201) informou que o uso interno de Jaborandi e Pilocarpina em casos de descolamento de retina e coroidite parece ocasionar opacidade do cristalino. Ele tratou um cavalo que tinha iridocoroidite e grande opacidade do vítreo com infusão de folhas de Jaborandi e injeções de Pilocarpina. A doença foi rapidamente detida, o vítreo clareou completamente, mas durante a primeira semana o cristalino tornou-se opaco. Bell indica-o em diarréia com evacuações indolores, em jato; face ruborizada, salivação profusa, sede intensa; urina escura, escassa (ou profusa); suor profuso. Cooper verificou uma violenta leucorréia causada por Jaborandi; também a eliminação de uma quantidade de vermes filamentosos. Um paciente, após injeção de Pilocarpina, queixou-se de grande sensibilidade ao frio: resfriava-se constantemente e tinha temor de bronquite; a pele também ficou irritada. Jaborandi tem reputação na velha escola de ser estimulante da secreção das mamas e um caso foi relatado no Lancet em C. D. P., no qual uma mulher cujo leite tinha cessado por uma quinzena recebeu 10 gotas do extrato fluido, de quatro em quatro horas. A secreção de leite se restabeleceu, mas a paciente começou a sofrer de extrema excitação nervosa, acompanhada por uma idéia fixa de que deveria matar toda sua família com uma machadinha. A droga foi suspensa e esses sintomas desapareceram e com eles a atividade das glândulas mamárias. A Hom. News., Fevereiro, 1900, relata uma cura incidental de dismenorréia em uma mulher de 23 anos, que recebeu doses de 5 gotas da Jaborandi para aumento da tensão ocular, que rapidamente desapareceu. A paciente afirmou que passou o período menstrual seguinte sem dor, embora usualmente permanecesse de dois a quatro dias na cama. A droga foi continuada em doses menores e a melhora se manteve. “Quando a menstruação começa com uma sensação de esfriamento e desmaio, e pulsações neurálgicas na cabeça e pelve, com dor nas costas, uma gota ou duas de Jaborandi em água quente logo aliviará.” (Cooper). Jaborandi tem sido usado como um remédio para calvície e participa como ingrediente principal em alguns restauradores populares de cabelo. Em muitos pacientes que usaram o medicamento o cabelo branco ou louro tornou-se preto. Jaborandi atua mais no lado E. Algumas vezes somente o lado E. é afetado pelo suor, ficando o lado D. muito seco. Há mais relatos de cefaléias no lado E. Cefaléia < ao meio-dia, todo dia. Comer > os transtornos do estômago.

Relações – Compare: Amyl-nit. (fogachos); Atrop., Phys., Sep. e Lil-t. (olhos); Hep. (aumento da secreção brônquica). Compare também Pilocarpinum e as Rutaceae.

Sintomas

Mente – Confusão. Sem disposição para falar. Extrema excitação nervosa; tem a idéia fixa de que deveria matar toda sua família com uma machadinha.

Cabeça – Cefaléia todo dia por volta do meio-dia. Cefaléia por volta do meio-dia, com respiração acelerada, pressão no peito, ansiedade, palpitação e dor na região do coração. Cefaléia por volta da hora do almoço (meio-dia), sem afetar o apetite; < do lado E., durante dor de garganta; com sensação de sufocação. Inquietude, aumentando antes do meio-dia por causa de dor no occipício, estendendo-se para a fronte, > na parte da tarde. Sensação de vazio na cabeça. Vertigem. Dor pulsátil no vértice e na fronte, às 19:30 h. Dor na parte inferior do occipício, estendendo-se do lado E. da cabeça à fronte; peso, < do lado E.; dor no lado E. do occipício ao anoitecer. Calvície. Cabelos claros tornam-se escuros.

Olhos – Córnea vermelha após acordar às 17:30 h. Lacrimejamento. A secreção lacrimal está aumentada e há descarga copiosa da membrana de Schneiderian; também secreção aumentada de muco pela faringe, traquéia e brônquios. Pupilas contraídas; tensão (espasmo) do aparelho acomodativo, com aproximação de pontos próximos e distantes da visão, diminuição ambliópica da visão pela diminuição da sensibilidade da retina. Pupilas dilatadas; lentas. Dor ao girar os olhos, às 19 h. Pálpebras rígidas e pesadas. Visão perturbada. Espasmo de acomodação, visão muda constantemente, tornando-se mais e depois menos diminuída; depois, diminuída, com pontadas nos olhos. Olhos cansados facilmente; irritados. Visão diminuída, restaurada subitamente. Visão enevoada para objetos distantes. Os objetos distantes parecem flutuar. Nuvens diante da visão. Visão de flocos de neve durante a transpiração e a salivação. Perda da visão para objetos distantes. Hipermetropia. Astenopia. Espasmo ciliar. Catarata. Estrabismo convergente.

Nariz – Descarga nasal copiosa.

Face – Rubor da face; dos ouvidos e pescoço; do corpo; envolvendo bochechas e ouvidos, < quando o suor aumenta, então há palidez; com calor na face e pulsação das artérias temporais. Age poderosamente sobre as glândulas sudoríparas e salivares, produzindo irritação e secreção excessiva; sob sua influência a face logo fica vermelha, a saliva começa a fluir e transpiração profusa aparece, durando horas, embora sua intensidade máxima seja menor que uma hora.

Boca – Língua saburrosa. Fala difícil e indistinta. Calor < secura. Salivação; com sudorese profusa; com pele seca; fibrosa, mas não viscosa. Cospe constantemente saliva alcalina. Saliva alcalina molha o travesseiro durante o sono, causando sensação de colapso nas glândulas e bochechas. Saliva contém grande quantidade de uréia. Após a transpiração e a salivação cessarem, as partes tornam-se muito secas, esp. a boca e faringe, e há grande sede.

Garganta – Inchação das glândulas submandibulares (Merc., Calc.). Dor nas glândulas submandibulares. Secura na parte posterior da garganta. Sensação de secura e inflamação pela manhã, com sensação de arranhadura ao engolir qualquer coisa, a inflamação < à tarde, com inchação das amígdalas e rigidez da mandíbula. Dolorimento e pontada na garganta, com cefaléia, < do lado E., respiração acelerada.

Estômago – Bom apetite. A fome desaparece e ele não consegue comer. Sede intensa. Eructações e vômitos. Soluço. Náusea súbita, com ânsia de vômitos, freqüentemente com soluço. Vômito: após o jantar, súbito, em um menino que parara de transpirar; da saliva que ele tinha engolido; severa, de alimentos contidos no estômago, depois de bile, com contínuas arcadas. Transtornos no estômago e na parte inferior do esôfago, esp. o último parece constrito. Perturbação em forma de peso na região pilórica na hora do jantar, devido à substância não digerível, > após alimentação completa. Sensação de aperto como de rugas sendo franzidas (provavelmente devido ao álcool na tintura).

Abdome – Sensação de vazio no abdome. Sensação cortante no abdome inferior; sem tendência a diarréia. Dor na região púbica. Dores severas na região púbica, com forte desejo de urinar, trazendo >.

Evacuação – Fezes: aquosas, amarelas, freqüentes e indolores; de material não digerido, em jato, debilitantes; em forma de papa e volumosas; indolores. Fezes, a primeira parte com cinco oitavos de uma polegada de diâmetro e em torno de cinco polegadas de comprimento, a última parte em forma de papa e de cor marrom escuro. Fezes duras. Constipação, duas evacuações ao dia ao invés de três. Evacuação difícil às 7 h. e novamente às 19 h., de fezes escuras, volumosas, compridas. Eliminação de vermes filamentosos.

Órgãos Urinários – Dor severa súbita na bexiga, descendo pela uretra e provocando gritos. Queimação na uretra, com urgência para urinar. Urina escura. Urina aumentada; durant e o suor; densidade diminuída, uréia aumentada. Urina diminuída, densidade e uréia aumentadas. Uréia diminuída, no dia seguinte aumentada. Cloro, cloretos e ácido úrico diminuídos, no dia seguinte aumentados.

Órgãos Sexuais Masculinos – Orquite: com distúrbio brônquico incipiente; metástase de caxumba.

Órgãos Sexuais Femininos – Menstruação escassa, cabeça congestionada, pele seca. Fogachos do climatério. Dismenorréia curada em uma jovem para a qual foi dado devido a aumento da tensão ocular, que foi rapidamente curada. Leucorréia. Edema da gravidez. Convulsões puerperais, no estupor sofre ameaça de sufocação pela impossibilidade de engolir quantidade excessiva de saliva. Leite: deficiente; excessivo.

Órgãos Respiratórios – Secreção brônquica aumentada. Tosse produtiva. Respiração difícil. Respiração acelerada.

Tórax – Pontadas no peito. Dor no peito e em torno do coração. Pressão no peito, com ansiedade, palpitação e dor na região do coração. Ansiedade no peito, com opressão, impossibilitando dormir.

Coração e Pulso – Dor na região do coração. Palpitação. Irregularidade, debilidade e rapidez de ação, com comportamento inquieto e nervoso e constantes bocejos. Pulso rápido, depois lento; no começo do suor, o traçado torna-se um pouco torto, a linha superior maior e mais para cima, a linha descendente mais oblíqua, mais dicrótica, e no ápice do suor a linha geral muito irregular, alguns batimentos mais curtos que outros. Pulso e temperatura aumentados durante o suor, depois reduzidos. A velocidade da circulação está aumentada, mas a tensão arterial e a temperatura estão baixas. Traçados mostram quase completa assistolia, com diminuição da tensão vascular durante o suor.

Sono – Sonolência. Sente sono estando sentado lendo. Sono profundo, durante o dia. Passou a noite mais miserável de que se lembrava, com febre, cefaléia, mal-estar, sem sede, inquietude, movendo-se e com delírio. Não dorme bem devido à inquietude, com pressão no peito e respiração acelerada. Sonhos desagradáveis próximo do amanhecer. Sonhos de acidentes e lutas, acordando-o duas vezes à noite.

Febre – Temperatura baixa. Arrepio para cima e para baixo nas costas, às 19 h. Calafrio. Temperatura de 98.5º F, tomada quando ele se descobria; isto causava esfriamento, com arrepios e beliscaduras, mas tão logo ele se cobria novamente vinha suor profuso. Febre: temperatura sobe e depois cai; rubor na face e em todo o corpo. Suor profuso: pontas dos dedos enrugados como os de uma lavadeira; em gotas na fronte. Suor na fronte, depois por todo o corpo, depois principalmente na face, pernas e pés. Suor na fronte e por todo o corpo, < no tronco, simultaneamente com a salivação; na face, na face e na parte superior do peito; na face, depois em todo o corpo; no peito, depois em outras partes, < nas extremidades superiores. Suor de reação neutra descendo por todo o corpo. Suor contendo uréia. Transpira facilmente antes do experimento, mas não durante. Suor unilateral (esquerdo).

MATERIA MEDICA – DR ALFREDO EUGÊNIO VERVLOET (PORTUGUÊS)
PILOCARPUS MICROPHYLLUS – Jaborandi
Pilocarpus é um poderoso estimulante glandular e o diaforético mais eficiente. Seus efeitos mais importantes são diaforese, salivação e miose (contração da pupila). Ondas de calor, náusea, salivação e transpiração profusa. O rosto, os ouvidos e o pescoço tornam-se em poucos minutos depois de uma dose de Jaborandi profundamente alagados e saem gotas de suor de todo o corpo enquanto ao mesmo tempo a boca se enche de água e a saliva sai num fluxo quase contínuo. Outras secreções, lacrimal, nasal, brônquica e intestinal, também, mas em menor grau. O suor e a saliva provocados por uma dose única com freqüência são enormes, em quantidade, não raramente 250 gramas.
E homeopático para suores anormais, e teve muito sucesso nos suores noturnos dos tuberculosos. Atua sobre a tiróide e sua ação sudorífica tem possibilidade de ser devida a isso. Bócio exoftálmico, com aumento da ação do coração e pulsação nas artérias; tremores e nervosismo; calor e suor; irritação nos brônquios. Um remédio valioso para limitar a duração da caxumba
Olhos – Fadiga visual por qualquer motivo. Irritação do músculo ciliar. Olhos facilmente cansados pelo mínimo uso. Calor e ardência nos olhos ao usá-los. Dor de cabeça, ardor e dor no globo ocular ao usá-lo. Tudo a uma certa distância parece enevoado; a visão torna-se indistinta por momentos. Imagens retidas na retina muito depois de ter usado os olhos. Irritação devida a luz elétrica ou a outra luz artificial. Pupilas contraídas; náo reagem à luz. Olhos arregalados. Só enxerga de perto. Vertigem e náusea depois de usar os olhos. Pontos brancos diante dos olhos. Ardor nos olhos. As pálpebras repuxam. Coroidite atrófica. Espasmo de acomodação quando lê.
Ouvidos – Exudação serosa dentro das cavidades timpánicas. Ruído nos ouvidos íPilocaryin 2xJ.
Boca – Saliva viscosa, como clara de ovo. Secura. Salivação livre, com suor profu-
Estômago – Náusea ao olhar objetos em movimento; vômitos; pressão e dor no estômago.
Abdome – Diarreia sem dor; durante o dia com o rosto alagado e suor profuso. Aparelho urinário – Urina escassa; dor no púbis com muita premência. Coração – Pulso irregular, dicrótico. Opressão no peito. Cianose; colapso. Perturbações cardíacas nervosas.
Aparelho respiratório – Mucosa dos brônquios inflamada. Muita tendência para tossir e dificuldade para respirar. Edema dos pulmões. Escarro espumoso. Expectoração serosa, rala, profusa. Respiração lenta com suspiros.
Pele – Transpiração excessiva em todas as partes do corpo. Secura persistente na pele. Eczema seco. Suores semi-laterais. Calafrio coro suor.
Relacionamento – Comparar com: Amyl. nit; Atrop; Physos: Lycop; Ruta: Pilo-carp. mur. (moléstia de Meniere, tísica rapidamente progressiva, com hemorragias livres, suor profuso, 2x trituração). Atropina é o antagonista da Pilocarpina, em doses de um centésimo de ‘grain” – cerca de 0,65 miligramas – para um sexto de Pilo-carpina.
Dose – Terceira dinamização.
Usos não-homeopáticos – Principalmente como um diaforético rápido e poderoso. É da maior utilidade em moléstia renal, especialmente com uremia, eliminando ambos, água e uréia. Edema da escarlatina; Contra-indicado em insuficiência cardíaca e uremia pós-puerperal, e em casos senis. Dose – Um oitavo a um quarto de “grain” hipodermicamente.