MATÉRIA MÉDICA – Abrahcon
Esparavão, erupção crostosa do casco do cavalo.
• Compreensão difícil.
• Confusão e lassidão das faculdades mentais, com temor de qualquer esforço mental e perda da concentração.
• Criança com aparência seca, mumificada, insone.
• Criança que mexe constantemente no pênis.
• Melancolia com fadiga generalizada.
• Memória enfraquecida e prejudicada, grande dificuldade de se lembrar do que havia lido.
• Perda da concentração, temor de qualquer esforço mental.
• Sensação de cansaço na junção do atlas com o crânio, todas as manhãs ao se levantar.
• Sensação dolorida em todos os membros e juntas.
• Sensação de vazio, fraqueza, de que ‘tudo se foi’.
• Sono inquieto, sonha com distúrbios, brigas.
• Aftas.
• Amigdala esquerda inchada e inflamada.
• Bexiga irritável, com grande sensibilidade ao acordar, desejo freqüente de urinar.
• Bolhas nas solas dos pés, pele esfoliada.
• Cansaço.
• Caspa oleosa excessiva, na quarta semana depois que as pústulas secaram.
• Crostas espessas e esverdeadas com escamas pálidas e avermelhadas, pruriginosas à noite; crostas impetigosas nos lados extensores dos antebraços.
• Dedos dos pés tão doloridos que é incapaz de andar.
• Dentes com crostas.
• Descarga profusa, purulenta e amarelo esverdeada, misturada com sangue.
• Desmaios.
• Diarréia, amarela, sanguinolenta e viscosa, muito variáveis, piores pela manhã, acres, escoriantes; mal cheirosas, seguidas de ardência no ânus e no reto.
• Dor aguda e dardejante, primeiro na têmpora esquerda, depois na direita.
• Dor de cabeça frontal e occipital; peso na cabeça.
• Dor nas costas, intensa, atravessando o centro da região lombar; dor como se tivesse sido golpeado.
• Dores em torno do umbigo.
• Eczema facial, ardência intensa, muito edemaciado, exsudação de fluido viscoso.
• Erupção pustular no couro cabeludo; erupção na testa, crostosa, com grande prurido; erupção nas dobras dos braços e joelhos, escamas avermelhadas, prurido intenso.
• Fezes escuras, finas, de cheiro cadavérico.
• Fraqueza (depois de vacinação).
• Frialdade.
• Garganta dolorida e inchada, ulcerada.
• Gengivas inchadas, ulceradas, retraindo-se em relação aos dentes, sangram com facilidade quando tocadas, impossível escovar os dentes, liberando um muco escuro, marrom, misturado com sangue.
• Hálito terrivelmente mal cheiroso.
• Impetigo cobrindo a cabeça da coroa até a nuca e se estendendo para trás das orelhas, atingindo as costas, nádegas e vagina.
• Inapetência.
• Intestino inativo, sem desejo, com sensação de contusão no reto, teme a evacuação.
• Lábio superior com crosta amarelada como favo de mel.
• Língua coberta de camada amarela, com listra vermelha no meio, fissurada e ulcerada do meio para trás, inchada.
• Náuseas provocadas por beber água.; náuseas depois de comer.
• Obstipação.
• Palmas das mãos e solas dos pés grossas.
• Pele seca, áspera e malsã; pele oleosa.
• Pernas com joelhos para dentro.
• Pés ‘adormecem’ com facilidade.
• Pescoço rígido.
• Prurido no couro cabeludo, especialmente à noite.
• Pústulas de desenvolvimento lento, mas que nunca acabam, quando uma se cura, aparece outra.
• Suor abundante nas solas dos pés, com odor de carniça.
• Tonturas.
• Tornozelos fracos, deslocam-se facilmente ao dar um falso palso.
• Tremores.
• Ulcera amarela bem delineada, de bordas definidas, persistindo por vários dias.
• Vagina fechada com crostas impetiginosas e espessas, amareladas, esverdeadas.
• Varíola (profilático).
• Vômitos biliosos.
MATERIA MEDICA – Clarke (português)
MALANDRINUM
Nosódio da doença de cavalos chamada de “grease”. Trituração do Açúcar do Leite saturado com o vírus. Solução do vírus.
Clínica – Acne. Furúnculos. Fístula. Impetigo. Genuvalgo. Sarampo. Pele doentia. Varíola. Maus efeitos da vacinação.
Características – De acordo com Jenner, a origem da varíola bovina é a infecção dos úberes das vacas pelo contato com a grama onde pisou um cavalo infectado com “grease101”. Esta 101 Termo que significa graxa e designa uma enfermidade em nosso meio chamada de “dermatite da quartelha” – patologia que “acomete a face posterior da quartela dos eqüinos, normalmente submetidos à precárias condições higiênicas. Há uma excessiva produção de seborréia, que confere aspecto oleoso à pele, formação de crostas e rachaduras, proporcionando invasão bacteriana secundária. Segundo “The Merck Veterinary Manual” – “Jenner erroneamente associou a grease, onde há uma produção de seborréia, com a horsepox, infecção virótica e altamente contagiosa”. De fato os autores homeopáticos descrevem o nosódio como se fora proveniente da secreção da “horsepox” – a estomatite pustular contagiosa – doença infecciosa causada por um vírus da família dos poxvirus, grupo que engloba os vírus da varíola humana e bovina. Choudhuri diz que o nosódio é preparado com o vírus da doença. Allen afirma que se trata de uma infecção que o cavalo adquire a partir da vacinia do gado. Concluímos assim que estamos diante de um equívoco quanto à natureza do nosódio (N. do T.).
afirmação é até certo ponto confirmada pela experiência de homeopatas que encontraram em Maland. uma proteção efetiva contra varíola e contra os efeitos da sua vacina. Straube fez experiências com a 30a potência (H. R., xv.145; H. W., xxxv.504). Tem sido usada como referencial com grande sucesso em más conseqüências da vacinação (eu curei com ele casos de pele seca, áspera, grossa, que permanecia anos após a vacinação), em varíola, sarampo e impetigo. Burnett curou com ela um caso de genuvalgo em uma criança que segurava constantemente o pênis. As indicações de Burnett são: “metade inferior do corpo, pele oleosa e erupção oleosa. Formação de pequenas pústulas, indefinidamente, quando uma melhora, outra aparece”. Impetigo, éctima, gordura, erupções com secreção tipo graxa, pustulosas, são particularmente afetadas por este remédio. Heath (Amer. Hom., xxiv.141) curou com Maland. 30 uma fístula no pescoço de um pônei após estrangulamento. A. L. Marcey (H. R., xiv.530) relata uma experiência impressionante com Maland. 30. Na ocorrência de uma epidemia de varíola ele próprio vacinou-se, tomando, ao mesmo tempo Maland. 30 à noite e pela manhã. A vacinação não pegou. Foi repetida duas vezes e não pegou, nem tampouco ele contraiu varíola. Chamado para vacinar quatro crianças em um família cujos pais estavam recuperando-se da varíola, ele vacinou todos e deu Maland. 30 a três deles ao mesmo tempo; a criança restante foi a única em quem a vacinação “pegou”. Foi tão sério que Maland. teve que ser administrado para modificar sua intensidade, o que foi feito com eficácia. Os outros três foram vacinados novamente mas nenhuma “pegou”. De cinco crianças, de 6 a 17 anos, somente a mais velha foi vacinada e ficou com boa cicatriz. A todas, exceto à mais velha, foi ministrado Maland. e a vacina e nenhuma das quatro “pegou”. A criança mais velha, um menino, contraiu varíola. Recebeu Maland. e em poucos dias ele estava convalescendo. Em outro caso de varíola foi ministrado Maland., a doença durou somente poucos dias e a erupção secou. Na experimentação de Straube, os sintomas < ao anoitecer. O esquema de Sintomas é formado pelos sintomas de Straube. Burnett considera Maland. como um remédio de ação profunda e que não pode ser repetido mais de uma vez a cada 15 dias.
Relações – Compare: Em maus efeitos da vacinação, Vario., Vac., Thuj., Sabin., Ant-t., Apis, Sil. Em geral; crianças que manipulam os genitais, Med. (mas Maland. tem ação mais profunda). Em erupções pustulares, Hep., Merc. Compare também: Castor-eq., Hippoz., Hipp.
Causalidade – Vacinação.
Sintomas
Cabeça – Vertigem. Cefaléia frontal e occipital. Embotamento. Impetigo cobrindo a cabeça do vértice ao pescoço e estendendo-se para trás das orelhas. Crostas espessas, esverdeadas, com cascas avermelhadas e pálidas, prurido < ao anoitecer.
Olhos – Listras vermelhas sob os olhos.
Ouvidos – Descarga profusa, purulenta, amarela-esverdeada, misturada com sangue.
Boca – Língua: coberta de amarelo, com listras vermelhas da metade para baixo (febre tifóide); fissurada e ulcerada do meio para baixo; edemaciada.
Estômago – Vômito de material bilioso; náusea.
Abdome – Dores em volta do umbigo.
Evacuações – Fezes escuras, de cheiro cadavérico. Diarréia de cheiro fétido, amarelada.
Órgãos Sexuais Masculinos – (A criança manipula o pênis constantemente.) Órgãos Sexuais Femininos – Vagina fechada com crostas impetiginosas, marrons-amareladas e esverdeadas.
Região Dorsal – Dor ao longo da região dorsal, como se tivesse apanhado.
Membros – Dores nos membros e articulações. Dor em torno das unhas das mãos e pés.
Membros Superiores – Crostas impetiginosas nos extensores dos antebraços.
Membros Inferiores – Dores, esp. na tíbia E., com manchas como petéquias na parte anterior da perna E., do joelho ao tornozelo. Petéquias em ambas as coxas, < à E. (Genuvalgo).
Pele – Varíola. Sarampo; também como preventivo. Impetigo cobrindo a parte posterior da cabeça, estendendo-se pelas costas até as nádegas e mesmo até a vagina, cobrindo os lábios. Impetigo nos extensores dos antebraços. Furúnculos. Pústulas malignas. Maus efeitos da vacinação (pele seca, áspera). Manchas pequenas, escurecidas e vermelhas nas pernas, que não desaparecem à pressão. (Febre tifóide. Tifo petequial.)