(o ´suicida´, ´auto-desapontado´ da Matéria Médica)
Veneno da Cobra-de-capelo – Naja (´Serpente´, do sânscrito); réptil ofídio da ordem squamata, família dos elapídios, ocorre em regiões cálidas da África, Ásia, Ceilão, Malásia; quando irritada, a Naja abre diversas vezes a boca, formando o característico capelo (pescoço ou colo inchado como se fosse um capuz), por isso é chamada também de cobra di capello, pelo alargamento da região logo abaixo da parte posterior da cabeça; trata-se de uma serpente extremamente venenosa.
Venenos de cobra curam doenças que não melhoram com o remédio de fundo.
• acorda freqüentemente com imaginações sexuais vívidas e dores perniciosas ardentes no pênis.
• afetado facilmente pelo vinho.
• afluxo de idéias.
• Angústia.
• Antagonismo e desilusão consigo mesmo.
• agonia de sofrimento mental em nome dos sofrimentos de outros, cria para si problemas e erros e se aborrece com eles por horas a fio.
• atos falhos, esquecimento.
• autodepreciação, falta de confiança em si mesmo.
• brincalhão e estúpido.
• chorando facilmente por emoções superficiais, se sente desgraçado.
• contradição da vontade.
• delírios e alucinações freqüentes.
• depressão de espírito, geralmente acompanhada por dor de cabeça, melancolia peculiar; como se tivesse que realizar um dever e ao mesmo tempo tem um forte impulso de não realizá-lo.
• depressão espiritual excessiva e uma sensação de inabilidade para exercer qualquer empreendimento e a convicção de que tudo de errado está acontecendo.
• depressão mental com bruscos impulsos suicidas.
• Desatenção.
• desejo de bebidas alcoólicas, principalmente vinho.
• desvario de pensamentos quando coloca a dualidade de emoções, ao mesmo tempo deseja e abandona, crê que após o derradeiro sono conseguira a aproximação do feliz com o incerto, demonstrando uma mente extremamente dual, bipolarizada.
• fantasias vívidas, sentindo-se debaixo de um controle superior.
• fastio da vida; indiferença, apatia, indecisão, irresolução.
• febre com sede, ondas de calor no rosto.
• humor alternante.
• ilusão que foi ferido na cabeça; ilusão de que está morto de fome.
• ilusão de ser ofendido pelos que o rodeiam.
• impulso suicida que domina seu ser, compartilha com Aurum o aspecto de ser um dos medicamentos mais suicidas da Matéria Médica (mas em Aurum seu suicídio é a seu grande equívoco desencadeado pela dificuldade que tem em lidar com seu veneno interior); Naja busca o suicídio com um machado, demonstrando uma tentativa errática de amputar seu lado que crê ser uma sombra, e assim procedendo cinde-se e castra a oportunidade de crescer e evoluir a partir de sua síntese interior e criar atributos adequados a seu veneno – POBRE NAJA QUE NÃO PERCEBE QUE SEU VENENO PODERIA SER SEU GRANDE REMÉDIO!
• Inabilidade para falar;
• Insanidade suicida.
• intolerância aos colarinhos.
• irritável, inquieto.
• facilmente excitável.
• melancolia, fantasias vívidas, tristeza e pensamentos suicidas.
• melancólico, começa a formar imagens de possíveis erros e desgraças nas quais sua mente remói, se sente muito desgraçado.
• Memória débil.
• Mente.
• misantropo, com enorme tristeza.
• Naja como em nenhum outro medicamento mostra em sua intimidade a desobediência à lei, muitos são os que não cumprem com seu dever, porém nenhum como Naja sente tão fortemente a sensação de ter plena consciência da transgressão, figura em ´ilusão de não haver cumprido o seu dever´, a contrapartida dessa sensação (ou castigo) é a ilusão de que foi descuidado, desatendido, abandonado ou negligenciado.
• não tolera ser deixado só.
• pena; chora facilmente, sente-se infeliz.
• Pensa constantemente em problemas imaginários.
• pensa em desgraças imaginarias acerca de fogo, com temor de chuva.
• pensamentos errantes.
• percepção aumentada do que deve fazer, mas ao mesmo tempo uma inexplicável inclinação a não fazê-lo.
• semblante ansioso.
• sensação de cansaço nas vértebras dorsais, com ardor.
• sensação de debilidade no coração, remédio das valvulopatias.
• Sensação de estar abandonado, negligenciado.
• sensação de estupor, cansado e esquecido.
• sensação de peso sobre os olhos.
• Sensação de que tudo aquilo que realizam foi feito de maneira errada e mal pode ser consertado, isto divide a sua vontade, como se uma força maior a comandasse, pois tem uma tarefa a realizar com forte impulso de não fazê-la (dualidade, ambivalência).
• sensação de que os órgãos estão repuxados uns contra os outros, especialmente ovário e coração.
• Sensação de vazio abdominal.
• sensação de que o cérebro está solto na cabeça, sensação de vazio do oco da cabeça.
• sensação de que os órgãos se chocam (principalmente ovários e coração); sensação de cansaço entre as escápulas, necessita deitar ou apoiar as costas para descansar.
• sensação de receber uma pancada por trás, na cabeça ou pescoço .
• sente a garganta apertada e com sensação de enforcamento.
• sente que existem duas vontades nele, fica muito atormentado pois é impotente para tomar uma, o mais notável da mentalidade de Naja a divisão, o antagonismo de sua vontade, antagonismo consigo mesmo.
• sente que vai expulsar fezes grandes e, ao sair, são pequenas.
• sente-se agredido por todos que o rodeiam.
• sente-se diminuído e desvalorizado, com medo do fracasso e desprezo a si mesmo.
• sente-se estúpido e confuso, esquecido.
• sente-se inútil, supérfluo, triste como se houvesse feito tudo mal, decepção de si mesmo, irresolução.
• Sente-se mais descuidado e desvalorizado.
• sentimento de estar sendo tratado de forma imerecida, o que lhe causa sofrimento.
• sonhos vívidos com acontecimento do dia, com suicídio, assassinatos e fogo.
• sono impossível quando deitado sobre o lado esquerdo.
• transtornos por antecipação.
Sempre em dilema!
• acidez estomacal.
• acorda sufocando, abafado, respiração laboriosa, dificultosa, agravando as dores.
• adormecimento dos membros superiores.
• angina de peito, com dores severas pré-cordial e estendidas ao ombro, pescoço e membro superior esquerdo, dormência no braço esquerdo,com ansiedade e medo de morrer, pulso que pode passar de 120 a 32.
• Anorexia.
• apetite débil.
• ardores, acidez.
• asma cardíaca, especialmente seguindo a coriza espasmódica.
• aspereza na traquéia e laringe como se estivessem escoriadas.
• Beberrão.
• boca completamente aberta.
• bolhas pequenas e esbranquiçadas, com uma base inflamada e muito prurido.
• calor anal com ardor.
• calor ardente intenso e sensação de pontada de agulha na amígdala, com vermelhidão e dor ao engolir.
• calor e dor no ombro em cardíacos e, juntamente com os sintomas cardíacos, cefaléia frontal e occipital.
• cefaléia congestiva principalmente pela manhã, acompanhada por ansiedade precordial e melancolia.
• cócegas nos pés.
• cólera com dispnéia e quase sem pulso.
• cólicas com dores cortantes, sobretudo umbilicais.
• coração lesionado por uma inflamação aguda.
• coriza fluida das narinas acompanhada principalmente de congestão cerebral e dor nas órbitas oculares.
• corpo frio e colapsado, pés gelados.
• debilidade cardíaca.
• desconforto nos órgãos sexuais.
• diarréia profusa, brusca, muco sanguinolento, branco ou esverdeado, precedida de dores no ventre.
• dificuldade para engolir.
• dispnéia, palpitação e sensação de peso na região precordial, tosse cardíaca e seca, irritante, que piora com o esforço.
• dor ardente detrás dos globos oculares.
• dor ardente no lado direito do pênis.
• dor cortante na nuca.
• dor e opressão no peito, como se lhe houvessem introduzido um ferro quente.
• dor espinhal e palpitação cardíaca.
• dor na têmpora esquerda, região orbital esquerda.
• dor nas coxas.
• dor nos músculos peitorais esquerdos de manhã.
• dor puxante na parte inferior do tendão de Aquiles.
• dor reumática nas costas.
• dores em cãibra no ovário esquerdo, acompanhada por intensa palpitação cardíaca, com sensação de que um filete nervoso une o coração ao ovário, essa dor piora no começo da menstruação.
• dores ocasionais durante o dia, que se irradiam da região lombar para os hipocôndrios.
• ejaculações noturnas.
• endocardite aguda e crônica.
• ereção ausente ou escassa, com depressão, desejos sexuais violentos, acompanhados de impotência, demonstrando aqui seu caráter dual, ambivalente.
• eructação com gosto de cevada.
• Esôfago com estreitamento, com deglutição difícil ou impossível.
• espirros freqüentes, alergia.
• estados de semi-inconsciência ou coma.
• expectoração mucosa esbranquiçada.
• extremidades frias e cianóticas com cabeça quente.
• face avermelhada e quente, ondas de calor, em seguida torna-se lívida, pálida, dando a impressão de estar muito doente.
• fala com dificuldade.
• Flatulência com meteorismo e cólicas.
• frieiras dolorosas nos pés.
• Gangrena.
• Garganta com pressão e sensação de asco, que se apresenta seca e constrita pela manhã; após um resfriado, dor de garganta aguda com sensação de mil alfinetadas, tosse curta e forte que piora a noite e torna-se incessante e mais intensa quando aperta ou toca no pescoço.
• gengivas inchadas, vermelhas, inflamadas e quentes, sensíveis ao tato.
• gosto insípido, amargo, ácido ou metálico.
• Hipertrofia simples do coração (para recuperar um coração prejudicado por uma inflamação aguda, ou para aliviar os sofrimentos de uma hipertrofia e lesões valvulares crônicas); ameaça de paralisia do coração; violenta dor em pontadas do coração.
• inchação do corpo.
• incontinência dos esfíncteres.
• indigestão, sensação de ter pedras depois de comer.
• insuficiência cardíaca, extrema debilidade cardíaca, com sensação de depressão e mal estar pré-cordial, com pulso regular no ritmo, mas sem força, as vezes filiforme e apenas perceptível.
• irritação e dor picante na amígdala esquerda.
• lábios pegajosos pela manhã, secos com tendência a se partirem, lábios secos, escoriados, doloridos, gretas.
• lesões valvulares com sopros cardíacos.
• leucorréia vespertina.
• língua fria, espuma bucal, granitos no lábio superior e nariz; língua saburrosa e amarelada, muito seca.
• menstruação com fluxo branco e líquido à tarde.
• movimentos convulsivos da boca e extremidades.
• midríase (insensibilidade à luz).
• moléstias do ovário esquerdo.
• narinas irritadas, ulceradas.
• náusea sem vômito com sensação de fraqueza logo após o desjejum, que desaparece ao engolir frutas ácidas olhar fixo, olhos muito abertos e insensíveis à luz, midríase com arreflexia pupilar; dificuldade de ver, embora esteja com os olhos bem abertos.
• odontalgias e dor facial.
• otalgia, otorreia crônica, com secreção negra com odor de salmoura.
• ouve um ruído como de um moinho ao despertar, zumbido no ouvido esquerdo.
• pálpebras superiores inchadas e lívidas.
• Palpitação crônica sufocante e nervosa, palpitações que aparecem ou se agravam ao falar (notadamente em público, que impede falar por que sufoca), ao despertar, ao caminhar, pelo movimento, por esforços ao subir escadas, por mover os braços, ao virar na cama, deitado do lado esquerdo, por qualquer excitação, ao beber vinho (palpitações audíveis).
• pele inchada, manchada e de cor púrpura, sensação de formigamento, prurido, com cócegas e reptação na pele.
• perda súbita da força muscular nos membros.
• Prostração.
• Pulso irregular.
• rosto pálido ou lívido, ou amarelo-esverdeado, expressão ansiosa.
• Sede.
• sensibilidade do couro cabeludo, especialmente no vértice.
• sonolência intensa, sono profundo com respiração estertorosa.
• sudorese copiosa nas mãos e pés, suores frios e pegajosos generalizados.
• Tosse irritante, seca.
• tosse com sufocação e engasgos como se tivesse sido estrangulado e sensação de que um
fio de cabelo ali permanece.
• transtornos cardíacos com poucos ou nenhum sintoma que possam guiar a um medicamento (principalmente em crianças).
• tremores musculares.
• urgência por defecar.
• urina vermelha com sedimento vermelho mesclado com muco,dificuldade e pressão na bexiga com mal estar.
• Vertigem.
• visão confusa ao ler, deve esfregá-los constantemente.
• Vômitos com sensação de desmaio.
MATERIA MEDICA – keynotes
NAJA TRIPUDIANS (naja)
* Moléstias do CORAÇÃO.
MENTE:
– Lachesis de temperamento suave.
– Percepção aumentada do que deve fazer.
Obediente. Responsável.
– Rumina sobre problemas imaginários.
– Ilusão que negligenciou sua obrigações. Sente-se um fracasso.
Como se tudo tivesse sido feito errado e não pudesse ser retificado.
– Ilusão de ser ofendido pelos que o rodeiam; negligenciado; sofreu
injustamente. – Contradição da vontade. Sensação de dualidade.
– Consciência /sentimento de estar sendo tratado de forma imerecida o que
lhecausa sofrimento.
Sempre em dilema.
Humor alternante.
– Melancolia.
– Pavor de ser deixado só. Aversão a falar.
– Medo de chuva, infortúnio, doença do coração.
GENERALIDADES
– < LADO ESQUERDO (Lach). DEITADO DO LADO ESQUERDO.
– < Sono. Noite.
– < Colarinho apertado.
– < Tempo úmido.
– > Ar livre.
– Friorento.
CABEÇA:
– Dor na têmpora esquerda, região orbital esquerda, > fumando, álcool,
< cessando as menstruações
NARIZ:
– Febre do feno, com secura da laringe; asma.
BOCA:
– Secura.
GARGANTA:
– INTOLERANCIA AOS COLARINHOS.
– Deglutição difícil ou impossível, por CONSTRICÇÃO OU
PARALISIA da garganta ou esôfago.
– Sensação de abafamento, agarra a garganta, < indo dormir.
– Faringite, amigdalite < do lado esquerdo.
ABDOME:
– Flatulência com meteorismo e cólicas.
GENITALIA FEMININA:
– Moléstias do ovário esquerdo.
LARINGE/TRAQUÉIA:
– “”Em carne viva””, < após tossir.
– Sensível ao toque.
RESPIRAÇÃO:
– Ataques de sufocação enquanto dormindo. Acorda sufocando, abafado. <
deitando do lado esquerdo.
– Asma cardíaca, < deitando.
– Asmática por febre-do-feno.
TOSSE:
– Tosse curta, seca e intermitente por distúrbios cardíacos (Cact).
– Solidária.
TORAX:
– Distúrbios cardíacos; quase um específico para
DISTURBIOS VALVULARES CARDIACOS.
– PALPITAÇÕES < ao despertar,por leve esforço,deitado do lado esquerdo; com
incapacidade para falar.
– ANGINA PECTORIS. Dor > deitando do lado direito (Spig); irradia para
nuca, ombro e braço esquerdos (Lat-m, Kalm)
– Ameaça de parada cardíaca.
– Endocardite aguda e crônica.
– Pulsação altera a força (Dig).
COSTAS:
– Dor aguda da escápula esquerda para o peito, ou vice-versa.
– Dor entre as escápulas com distúrbios cardíacos.
Sensação de cansaço entre as escápulas, necessita deitar ou apoiar
as costas para descansar.
EXTREMIDADES:
– Dormência do braço esquerdo.
– Pés frios.
– Edema das mãos e pés
SONO:
– Posição: Impossível sobre o lado esquerdo.
DD: Aur, Bung, Cact, Crot-h, Elaps, Kalm, Lach, Spig, Spong.
MATERIA MEDICA – Clarke (português)
NAJA TRIPUDIANS [NAJA]
Naja tripudians. Cobra di Capello. A cobra encapuzada157 de Hindustão. O. N. Elapidae. Tintura do veneno fresco. Trituração do açúcar de leite saturado com o veneno fresco.
157 Serpentes que expandem a pele em volta do pescoço, em forma de um capuz (N. do T.).
Clínica – Angina pectoris. Asma. Dismenorréia. Febre do feno. Cefaléia. Afecções do coração. Estreitamento espasmódico do esôfago. Afecções dos ovários. Peste. Inflamação da medula (na nuca). Dor de garganta.
Características – Segundo P. C. Majumdar (Ind. Hom. Rev., vi. 6), o veneno desta cobra mortal tem sido utilizado desde tempos remotos pelos médicos indianos em muitas doenças nervosas e do sangue. Foi introduzido na homeopatia por Russel e Stokes, que fizeram o primeiro experimento junto com outros 40 experimentadores, incluindo Gillow, Pope e Drysdale. É digno de nota que, com tantos experimentadores capazes, Naja não tenha atingido ou se aproximado do lugar de destaque ocupado por Lach. Nash sugere que isso pode ser devido ao fato de que muitos dos experimentos de Lach. foram feitos com a 30a potência, enquanto os de Naja foram com potências mais baixas. Majumdar não teve sucesso com Naja até que ele conseguiu o veneno fresco dos encantadores de serpentes e fizesse atenuações dele. Anteriormente, o uso de Naja pelos homeopatas indianos tinha sido reimportando da Inglaterra para a Índia, na forma de atenuações. Deane, em sua experiência na epidemia de peste de 1899-1900, viu que a Naja preparada do veneno fresco era mais eficaz do que Lachesis e percebeu que sua ação era mais imediata se injetada sob a pele do que dada oralmente. A afinidade de Naja para bulbo raquídeo e cerebelo está bem mostrada na experiência de Frank Buckland (Curiosities of Natural History, 2ª edição, p. 225, citando C. D. P.), após retirar a pele de um rato morto por uma picada de cobra: “Eu não tinha caminhado cem passos quando subitamente senti como se alguém tivesse vindo atrás de mim e me desse uma forte pancada na cabeça e pescoço; ao mesmo tempo, experimentei a mais aguda dor e sensação de opressão no peito, como por um ferro quente de cem quilos colocado em cima dele”. Sua face tornou-se verde. Ele cambaleou até uma farmácia e solicitou que lhe dessem amônia, quando foi então capaz de andar até a casa de um amigo, onde tomou quatro taças grandes de conhaque sem ficar bêbado. Ele foi depois capaz de seguir para sua própria casa e pela primeira vez sentiu uma dor muito aguda debaixo da unha do polegar esquerdo, a dor subindo para o braço. Em torno de uma hora antes de examinar o rato ele havia limpado sua unha com um canivete e tinha separado levemente a pele, e foi assim que o veneno entrou. Estes sintomas de Buckland foram altamente característicos e valiosos. O sintoma de “ferro quente” e peso no peito devem ser particularmente destacados. Majumdar (Ind. H. R., vi. 8) relata este caso: uma jovem mulher, sofrendo de afecção cardíaca, tinha opressão no peito levando quase à sufocação; pulso quase imperceptível, irregular, débil; aparência anêmica; impossibilidade de falar. Uma dose de Naja foi dada, seguida por outra após quatro horas. Isso foi suficiente para a cura. No outro dia, quando o médico chamou, sua paciente disse-lhe em alta voz: “Doutor, você me deu um veneno na noite passada”. Quando ele lhe pediu para explicar, ela disse que, após a primeira dose, ela “sentiu um calor terrível no corpo”. Isto deve ser colocado ao lado do ferro quente de Buckland como uma indicação para Naja. Majumbar salvou com Naja inúmeros casos de cólera, aparentemente sem esperança, na fase de colapso, com ausência de pulso e dificuldade de respiração. Em acréscimo aos sintomas acima de transtorno e falência cardíaca, os sintomas seguintes poderão ser encontrados e considerados em casos cardíacos: “Depressão e debilidade no coração”. “Incapacidade de falar, com palpitação crônica, nervosismo, sufocação”. “Dor severa na têmpora esquerda, regiões cardíaca e ovariana”. “Sensação como se o coração e o ovário fossem puxados juntos”. “Dores no coração estendendo-se para a nuca, ombro e braço esquerdos, com ansiedade e medo de morrer”. Pulso lento, irregular. Sintomas < à noite, ao caminhar, ao deitar do lado esquerdo. Em um caso curado por Russel, havia “puxão e ansiedade no precórdio, ocorrendo devido a grande mágoa”. De acordo com Hering, o fenômeno nervoso predomina em Naja mais que em todos os outros venenos de serpente. Ela “age primariamente sobre o sistema nervoso, especialmente nos nervos respiratório, pneumogástrico e glossofaríngeo”. O último provoca a característica “sufocação” de Naja e de outras serpentes. Andrew M. Neatby (M. H. R., dezembro de 1899) relata a cura com Naja C6 em pessoas com palpitação nervosa e desmaio; sensação freqüente de inchaço ou “sufocação” na garganta, com dispnéia e, ocasionalmente, de anestesia descendo no lado direito. Outra característica é “algo agarrado na garganta” com as sensações de sufocação. Esofagismo. Difteria com iminente parada cardíaca indica Naja, mas a característica direção da esquerda para direita de Lach. não aparece nos experimentos de Naja, que tem, contudo, < à noite; paciente acorda ofegante, cianótico. Naja tem, por outro lado, marcantes neuralgias e cefaléias: dor neurálgica na cabeça, precedida ou seguida de náusea ou vômito, pulsação severa na região orbital esquerda repuxando para o occipício; por excesso alimentar; por esforço físico ou mental. Cefaléia após término da menstruação. Constrição na fronte, pesada e surda ao acordar. Pontadas surdas que sobem no occipício. Entre as sensações de Naja estão sensações de “contorção” e dores como cãibra: como se a cabeça contorcesse junto; como se o coração e ovário fossem puxados para cima, juntos; dores como cãibra no ovário esquerdo; dores na têmpora e região ovariana. Dor que vai do coração à escápula. Sensação de cabelo na laringe; dor como se houvesse agulhas na amígdala. O lado esquerdo é predominantemente afetado. Mahlon Preston (Med. Adv., xviii. 532) curou-se com Naja C30 de uma asma com dificuldade respiratória, < deitando, > de pé. Ele curou muitos casos de febre do feno e inflamação no outono, sendo os sintomas: (1) fluxo de água do nariz por alguns minutos; depois (2) espirros intensos, que > a respiração. Após recorrer por alguns dias, havia secura nos pulmões, com grande dificuldade respiratória, < ao deitar. Kent curou com Naja 45M um caso que tinha estes sintomas: “Calor quase constante na cabeça e face. Pulso lento, algumas vezes 45 pulsações por minuto. Não podia fazer qualquer esforço mental. Suor nas palmas das mãos. Apetite voraz. Dores em pontada no coração” (Med. Adv., xxii. 164). “Suor nas palmas”, um sintoma que estava presente desde a infância, foi curado com os outros. Flora A. Waddell (H. R., viii. 445) relata um caso em que dores cardíacas ocorriam concomitantemente com afecção do ovário esquerdo. As dores vinham uma semana antes da menstruação, aumentavam até o fluxo chegar e então desapareciam até o mês seguinte. Naja aliviou inteiramente. O seguinte caso foi curado por Bunn (H. W., xxxi. 5
01): S., 22 anos, dismenorréia desde que o ciclo menstrual começou. Dilatação, galvanismo e outros recursos foram tentados em vão. Ela tinha cefaléia frontal aguda, dores nos olhos necessitando esfregá-los. Dor em cãibra na região do ovário E. Desmaio. Hipogástrio extremamente sensível ao toque durante a menstruação. O exame não revelou nada de anormal, exceto sensibilidade na região ovariana. Extrema inquietude com a dor. Durante a menstruação as dores subitamente tornavam-se muito severas. O fluxo parava quando a dor era pior e retornava no outro dia, com alívio da dor. Naja C30 foi dada e o ciclo seguinte transcorreu absolutamente livre de desconforto. Os sintomas: < pelo toque; andando em um veículo; às 15 h (cefaléia); à noite; após dormir; por comer; por álcool; por esforço; por movimento; por caminhar; deitado de lado; do lado esquerdo. Grande > da dor e da respiração ao deitar do lado direito. Muita sensibilidade ao frio. > por caminhar ao ar livre; por fumar.
Relações – Antidotado por: amônia, estimulantes de modo geral (conseqüências da picada); Tab. (para potências). Compare: depressão e tendência suicida, Aur. Úlcera no freio da língua, Nat-c., Agar. Cefaléia da frente para trás, Anac., Bry., Nux-v. (de trás para frente, Gels., Lac-c., Sang., Sil., Spig.). Difteria, Arum-t. Coração, Ars., Cact., Iberis, Lach., Spig., Dig. Colapso, Carb-v., Camph., Tab. Boca muito aberta, língua fria, Camph. Perda da voz, Dulc., Gels., Caust., Hyos., Laur. Cor vermelha-escura das fauces., Ail., Bapt., Phyt.
Causalidade – Mágoa.
Sintomas
Mente – Loucura suicida. Devaneio mental. Triste e sério; irresoluto; melancólico; sente-se um miserável devido a erros e desgraças imaginários. Muito esquecido; distraído. Insensível; perda da consciência. Insanidade, ele subitamente parte sua própria cabeça em duas com um machado. Tristeza: > ao anoitecer; com irresolução; com transtornos dos órgãos sexuais; com cefaléia e incapacidade para fazer esforço; como se algo tivesse sido feito errado e não pudesse ser corrigido, com percepção aumentada do que deveria fazer e uma vontade incontrolável de não fazer, causando inquietude. Facilmente afetado por vinho e bebidas alcoólicas. Estúpido e confuso. Consciência quase ou totalmente perdida. Insensível e sem voz. Comatoso.
Cabeça – Vertigem, durando pouco tempo, seguida por dor “súbita” no lado direito da cabeça. Sensação de cabeça inteiramente oca. Confusão e embotamento na cabeça, de manhã. Cefaléia frontal imprecisa. Cefaléia muito severa, com intensa depressão. Constrição na fronte. Sensação como se na fronte o cérebro estivesse solto. Pulsação severa e dolorimento nas têmporas. Calor e congestão na cabeça. Cefaléia que surge com o término da menstruação. Cefaléia: todo o dia; de manhã ao acordar; ao anoitecer. Cefaléia muito molesta e dor no estômago às 21 horas, causada por comer u