TARAXACUM OFFICINALE
REINO VEGETAL – MIASMA TINEIDÉO – SANKARAN
Dente de Leão (vegetal).
• Acessos gástricos e biliosos, especialmente dores de cabeça de origem gástrica.
• Agitação das pernas na febre tifóide.
• Debilidade.
• Icterícia com aumento e endurecimento do fígado.
• Língua mapeada, coberta com uma película branca, com sensação de carne viva, sai em pequenos pedaços, deixando áreas vermelho escuras, macias e muito sensíveis.
• Perda de apetite.
• Suores noturnos profusos, especialmente quando convalescentes de febre biliosa ou tifóide.
MATERIA MEDICA – Vijnovsky (português)
Taraxacum
(T. dens-leonis – Dente de leão)
Mentais
1-Indecisão e aversão ao trabalho.
2-Loquacidade, com tendência a rir.
Gerais
***3-Piora (ou aparecem os sintomas): quase todo os sintomas aparecem quando está sentado, deitado ou em repouso, por comidas gordurosas; de noite ou de manhã. Melhora por mover-se, caminhar, em pé e ao ar livre. Lateralidade esquerda superior e direita inferior.
*4-Sensação de debilidade e instabilidade em todo o corpo, com uma necessidade constante de estar deitado ou sentado, piora pela transpiração. Pontadas.
Locais
**5-Tontura com marcha vacilante quando caminha ao ar livre. Dor na fronte esquerda estando sentado, desaparece ao ficar em pé ou caminhar. Cefaléias por problemas gástricos ou hepáticos. Cefaléia como se contraíra ou expandira o cérebro. Peso e pressão na cabeça. Tensão no couro cabeludo. Dor occipital dilacerante, melhor em pé quieto. Sensação de grande calor no vértice.
6-Dor nos olhos, como se tivesse areia no ângulo interno. Ardor nos olhos, com inflamação, lacrimejamento e fotofobia. As pálpebras grudam durante a noite.
7-Odontalgias. Dor puxante na orelha.
8-Face vermelha e quente. Dor e pressão nas bochechas. Lábio superior rachado. Acne purulenta na face.
9-Odontalgias que se irradiam para as sobrancelhas.
***10-Língua mapeada ou geográfica (é seu sintoma chave); a língua está coberta por uma saburra ou película branca (com sensação de estar em carne viva) que se esfolia, deixando placas ou manchas, vermelho-escuras e muito sensíveis. Sialorréia ácida. Língua seca com saburra marrom, ao despertar de manhã. Gosto amargo. Os alimentos, principalmente a carne e a manteiga, têm gosto salgado ou ácido.
*11-Garganta dolorida, como se estivesse inchada por dentro. Secura, com muco amargo ou ácido na garganta. Dores no esternocleidomastoídeo ao tato.
*12-Regurgitações ácidas, arrotos e soluços. Náuseas por alimentos gordurosos, e cefaléias. Incomodo gástrico. Anorexia.
*13-Fígado aumentado, endurecido e doloroso, com sub-icterícia. Fígado congestionado. Dores laterais no abdômen, mais à direito, ou no hipogástrio; pontadas. Borborigmos e movimentos no ventre; como se estalassem bolhas. Timpanismo, flatulência.
14-Constipação com desejos ineficazes. Dificuldade para defecar ainda assim com fezes moles. Tenesmo. Prurido voluptuoso no períneo, que o induz a coçar-se.
15-Necessidade freqüente de urinar, sem dor, com micção copiosa. Diabetes. Enurese noturna. Câncer na bexiga.
16-Dor nos testículos. Ereções permanentes. Poluções noturnas freqüentes, em noites alternadas.
17-Supressão das menstruações.
18-Sensação de compressão na laringe. Pressão no peito. Sacudidas nos músculos das paredes do tórax, dores.
19-Dores e sacudidas nos músculos do pescoço e nuca. Dor nas costas e na região lombar estando deitado. Pressão e pontadas na coluna e sacro, com dispnéia. Inchaço e gorgolejo das omoplatas e ombros. Vibração na omoplata direita.
**20-Sacudidas nos músculos do braço e antebraço. Dores nos cotovelos, antebraços, punhos e nos três últimos dedos da mão. Acne nas mãos e dedos. Os dedos das mãos (e as pontas) estão gelados. Golpes dolorosos nos membros inferiores. Dor nas panturrilhas que cessam ao tocá-las. Pontadas na planta no pé direito estando sentado. Ardor nos joelhos, pernas e dedos dos pés. Suores profusos entre os dedos dos pés. Varizes dolorosas em um doente com alterações hepáticas, pior no repouso, em pé ou sentado, e melhor em movimento. Inquietude de membros na febre tifóide. Nevralgias nos joelhos, melhor pela pressão.
21-Sonolência quando ouve um discurso, ou de dia, com bocejos, estando sentado. Sonhos vívidos, mas não os recorda.
**22-Calafrios especialmente depois de comer ou beber e ao ar livre; com estremecimentos ou cefaléias. Febre depois de dormir. Calor de noite ao despertar, sobre tudo na face e mãos. Copiosos suores noturnos, mais na convalescência de febres biliosas ou tifóideas; pior antes da meia-noite, quando vai dormir, debilitantes, causando comichão na pele. Febre sem sede, na face e dedos dos pés.
23-Pele enfermiça, com acne. Erupção pruriginosa generalizada, como uma mescla de líquen e urticária.
MATERIA MEDICA – DR ALFREDO EUGÊNIO VERVLOET (PORTUGUÊS)
TARAXACUM – Dandelion – Dente de Leño
Para dores de cabeça gástricas, ataques de biliosidade, com a língua caracteristicamente mapeada e a pele ictérica. Câncer da bexiga. Flatulência. Timpanismo histérico.
Cabeça – Sensação de muito calor no alto da cabeça, músculo esterno-mastóide muito dolorido ao ser tocado.
Boca – Língua mapeada. Coberta com uma película branca, sente a língua escoriada, sai em pedaços, deixando pontos vermelhos, sensíveis. Perda do apetite. Gosto amargo e eructações. Salivação.
Abdome – Fígado hipertrofiado e endurecido. Fisgadas agudas do lado esquerdo. Sensação de bolhas estourando nos intestinos. Tiimpaninismo. Evacuação difícil. Extremidades – Membros muito inquietos. Nevralgia do joelho, melhorando pela pressão. Membros doloridos ao tocar.
Febre – Calafrio depois de comer, piora bebendo, pontas dos dedos frias. Gosto amargo. Calor sem sede, no rosto, nos dedos dos pés. Suor ao adormecer. Pele – Suores noturnos profusos.
Modalidades – Piora, descansando, deitando, sentando. Melhora, toe ando-se. Relacionamento – Comparar com: Colina, um constituinte de raiz de Taraxacum, tendo dado resultados encorajadores no tratamento do câncer. Colina é intimamente ligada a Neurina, é o “”Cancronie”” do Prof. Adamkiewicz (E. Schlegel). Bry; Hy-drast; Nux; Tela aranea (asma nervosa e insónia).
Dose – Tintura à terceira dinamização. No câncer 1-2 “”drams”” (1 “”dram”” = 64,8 miligramas) do extrato fluído.
MATERIA MEDICA – Pura Hahnemann (português)
TARAXACUM1
(Dente-de-leão)
(O suco fresco espremido da planta inteira Leontodon taraxacum, colhida quando não totalmente em florescência plena, misturado com partes iguais de álcool.)
Esta planta, como muitas outras, tem sido administrada em doenças de maneira errada em enormes quantidades, em campos meramente teóricos, como um remédio de uso universal, de todo dia.
Em todas as doenças que a assim chamada olhadela prática, que pretende ser capaz de ver tudo, mesmo o processo interno de natureza mórbida, nada poderia fazer, como também em todas aquelas que não se enquadravam com qualquer nome em patologia, era teoricamente suposto que havia a existência humores viscosos, engrossados, e obstruções dos diminutos vasos sem nome, no interior do corpo, que ninguém conseguia ver, a fim de que o dente-de-leão favorito pudesse ser prescrito de acordo com esta suposição fantasiosa. Por causa de seu suco leitoso era teoricamente suposto que ele devia agir como um sabão, e como o sabão quimicamente dissolve todos os tipos de substâncias num vaso, assim o dente-de-leão deve dissolver no interior do corpo vivo tudo o que ao praticante era agradável imaginar que existisse no organismo humano enfermo, de uma natureza viscosa, engrossada e obstrutiva.
Tivessem sido os puros poderes do dente-de-leão em realizar mudanças na saúde humana alguma vez testados, e tivessem sido, portanto, experimentalmente averiguados quais estados mórbidos peculiares ele é capaz de produzir de modo característico, e tivesse então um ensaio terapêutico puro sido feito com esta planta, administrada sozinha, em qualquer caso de doença, e tivesse sido observado ela realizar uma cura rápida e permanente, teria sido visto de forma convincente, ao comparar a totalidade dos sintomas da doença curada por este remédio com os sintomas mórbidos que o dente-de-leão pode causar no corpo saudável, que esta planta somente consegue curar em virtude dos seus sintomas serem semelhantes àqueles do caso de doença, e que ele não podia deixar de curá-lo de acordo com a eterna, homeopática, lei da natureza, e que por esta mesma razão ele não poderia ser proveitoso naqueles estados mórbidos semelhantes aos quais o dente-de-leão não é capaz de produzir.
Um conhecimento deste fato teria convertido praticantes, tivessem eles sido capazes de serem mudados de opinião em suas indicações imaginárias de um monstro patológico obstrutivo, interno, não existente, que eles pretendiam ter dissolvido.
Os seguintes sintomas puros patogenéticos do dente-de-leão, que estão longe de serem completos, podem talvez ajudar a dissipar esta auto-desilusão patológico-terapêutica. Mas eles farão mais, pois nos ensinarão, a priori, para quais casos mórbidos este suco vegetal será e deverá ser um remédio certo, e impedir-nos-á de
1 Do vol. V, 2a edição, 1926.
torturar pacientes para quem ele não é proveitoso (não homeopático), numa maneira inútil e danosa, ao dá-lo em grandes doses, como tem sido feito até aqui.
Quando esta droga é útil por sua semelhança homeopática, nós necessitamos dá-la na dose de raramente uma única gota do suco, a fim de efetuar uma cura. O suco como preparado acima é mais preferível ao extrato oficial, o qual por um agitar prolongado numa chaleira de cobre, é tornado impuro pela mistura com este metal.
[Os experimentadores deste medicamento são FRANZ, GUTMANN, KUMMER, LANGHAMMER, ROSAZEWSKY; nenhuns sintomas são contribuídos por HAHNEMANN..
Nenhumas autoridades da velha escola são citadas.
A 1a edição tem 209, esta 2a edição 264 sintomas.]
TARAXACUM
Tontura ao andar ao ar livre, como se embriagado, a cabeça caía ora para o lado esquerdo, ora para o direito (após 2 1/4 hs.). [Lr.]
Quando anda ao ar livre, passo incerto e tontura, como se ele caísse para frente (após 10 hs.). [Lr.]
Quando anda ao ar livre, grande confusão e atordoamento da cabeça; ele parecia cambalear como se com vertigem. [Fz.]
Algumas vezes contração e rodopio acima do nariz na fronte, como tontura, algumas vezes sensação como se o cérebro estivesse distendido aqui a ali, indolor. [Fz.]
5. Sensação na cabeça como se o cérebro estivesse constrito por uma pressão macia de todos os lados. [Fz.]
Quando anda ao ar livre, dor dolorida que rasteja na fronte, que se espraia para fora do centro dela, como se houvesse alguma coisa viva nela (após 4 hs.). [Lr.]
Uma sensação na cabeça, composta de pressão e coceira. [Gn.]
Pressão profunda que desce no occipício e peso ali (após 9 1/2 hs.). [Gn.]
Peso da cabeça e vermelhidão da face. [Gn.]
10. No sincipício dor pressiva sai em direção da fronte. [Gn.]
Dor pressiva estupefaciente na fronte, como depois de uma devassidão (após 1 h.). [Lr.]
Dor dolorida na têmpora direita (após 35 hs.). [Gn.]
Dor queimante pressiva na cabeça indo para cima. [Gn.]
Dor pressiva na cabeça de dentro para fora (após 2 1/2 hs.). [Gn.]
15. Peso no occipício que desaparece toda vez que ele se abaixa, e retorna ao levantar e manter a cabeça reta, e então ela fica pior. [Gn.]
Quando sentado, dor dolorida estupefaciente na testa inteira, de forma que ele ficava inconsciente ao ler, e não sabia onde estava, acompanhada de náusea; ele se sentia melhor apenas ao ar livre (após 1 3/4 h.). [Lr.]
Dor pressiva constante na testa (após 4 hs.). [Gn.]
Dor dolorida que repuxa na têmpora. [Fz.]
Quando de pé, dor pressiva que repuxa no osso frontal. [Fz.]
20. Quando sentado, dor que repuxa na têmpora esquerda, a qual cessa quando caminha e fica de pé (após 5 hs.). [Lr.]
Quando caminha, dor dilacerante no occipício, a qual desaparece quando fica imóvel de pé. [Fz.]
Quando caminha, dilaceração no occipício externamente. [Fz.]
Dilaceração que espeta no occipício atrás do ouvido direito. [Fz.]
Pontadas dilacerantes em rápida sucessão no lado esquerdo da testa. [Lr.]
25. Uma persistente dor que espeta no lado esquerdo da cabeça, por seis horas. [Rz.]
Quando sentado, agulhadas na têmpora esquerda, que desaparecem ao ficar de pé (após 1 1/2 h.). [Lr.]
Quando caminha ao ar livre, uma pontada, violenta, persistente na região temporal esquerda, a qual desaparecia quando de pé (após 38 hs.). [Lr.]
Pontadas agudas externamente no lado esquerdo da testa, as quais não são aliviadas pelo toque (após 13 hs.). [Lr.]
Pressão obtusa que espeta na testa (após 1/2 h.). [Gn.]
30. Uma pápula no couro cabeludo no lado direito acima da têmpora, a qual é dolorosa quando tocada, como se a região estivesse supurando (após 15 hs.). [Lr.]
A pele da frente do couro cabeludo está tensa, como se ela estivesse fortemente pregada no topo da cabeça. [Kr.]
Uma pápula no centro dos pêlos da sobrancelha esquerda, com dor pressiva quando tocada (após 27 hs.). [Lr.]
Pupilas co
ntraídas (após 4 hs.). [Lr.]
Pupilas dilatadas (após 26 hs.). [Lr.]
35. De manhã ao acordar, as pálpebras estão grudadas com pus, por muitos dias. [Kr.]
Uma tipo de inflamação dos olhos; os olhos estão intolerantes à luz e estão constantemente lacrimejando, com uma pressão na pálpebra superior direita, como se alguma coisa estivesse ali, a qual ele em vão tentava limpar. [Kr.]
Secreção ocular, mais de manhã do que durante o dia. [Kr.]
Queimação no globo ocular esquerdo (após 11 1/2 hs.). [Gn.]
Violenta queimação no globo ocular direito em direção ao canto interno. [Kr.]
40. Finas picadas queimantes em ambas as pálpebras esquerdas (após 1/2 h.). [Kr.]
Dor queimante que espeta no globo ocular direito (após 20 hs.). [Kr.]
Umas pontadas queimantes no globo ocular esquerdo, em direção do canto externo (após 1/2 h.). [Kr.]
Dor aguda que espeta2 no olho direito. [Kr.]
Dolorido agudo,2 como por um grão de areia no canto interno direito, com sensação como se as pálpebras estivessem inchadas ali. [Fz.]
2 N. T. Bras.: em inglês temos “sharp” (S.43) e “acute” (S.44), enquanto em alemão temos nos dois casos “Scharf”.
45. (No anoitecer dificuldade de audição; alguma coisa parece estar na frente dos ouvidos; ele ouve apenas de uma maneira embotada). [Fz.]
Pressão para dentro no interior do ouvido esquerdo. [Gn.]
Trinado no ouvido esquerdo, como por gafanhotos (após 33 hs.). [Lr.]
No meato acústico externo dilaceração, e atrás do ramo do maxilar inferior, pressão aguda. [Fz.]
Pontadas atrás do ouvido, com dilaceração que desce no lado do pescoço. [Fz.]
50. No ouvido direito umas pontadas de dentro para fora, que sempre retornam para dentro de novo. [Gn.]
Pontadas queimantes pruriginosas no ouvido direito. [Gn.]
Dor que repuxa na orelha (após 5 hs.). [Lr.]
Uma pressão aguda na bochecha direita (após 1/2 h.). [Gn.]
Uma pontada dolorida na bochecha. [Gn.]
55. Uma espinha supurante na parte superior da bochecha esquerda, com aréola vermelha, a qual quando tocada apresenta uma dor de roedura (após 24 hs.). [Lr.]
Uma espinha supurante no ângulo da asa nasal direita (após 8 hs.). [Lr.]
Dois acessos de sangramento (epistaxe) da narina esquerda, ao meio-dia antes de comer (após 30 hs.). [Lr.]
O lábio superior racha no meio (após 6 hs.). [Kr.]
Uma espinha supurante na comissura direita da boca (após 49 hs.). [Lr.]
60. Súbita coceira abaixo do queixo (após 1 h.). [Lr.]
Na parte inferior da glândula parótida e nos músculos cervicais, e do esterno até o processo mastóideo, uma dor aguda ao mover o maxilar e o pescoço. [Kr.]
Fasciculação no lado do pescoço, inferiormente (após 15 hs.). [Gn.]
Pontadas agudas terebrantes no lado esquerdo do pescoço, de dentro para fora, por alguns minutos (imediatamente). [Gn.]
Fasciculação pressiva nos músculos da nuca atrás do ouvido esquerdo (após 3 1/2 hs.). [Gn.]
65. Picadas no lado esquerdo da nuca, como por uma agulha um tanto mais cega, ao ficar de pé, as quais desapareciam ao sentar (após 1 1/2 h.). [Lr.]
Pontadas pressivas na nuca. [Gn.]
Dor pressiva como golpes em dois dentes incisivos, mais em suas coroas. [Gn.]
Sangue flui dos dentes cariados no lado direito (o qual tem gosto azedo). [Kr.]
Ao mastigar comida, sensação nos dentes como se eles estivessem insensíveis3 por fruta ácida (após 37 hs.). [Lr.]
70. Dor que repuxa nos dentes cariados do lado direito, que se estende subindo a bochecha até o arco supraciliar. [Kr.]
Pontadas queimantes no lado esquerdo da língua (após 9 hs.). [Gn.]
Língua forrada de branco (após 2 3/4 hs.). [Lr.]
Saburra branca na língua que gradualmente esfolia em pedaços (após 11 1/2 hs.). [Lr.]
3 N. T. Bras.: em inglês “set on edge”, em alemão “abgestumpft”. O mesmo vale para o S.80.
A língua está coberta com uma pele branca, com sensação de carne viva nela; ela então esfola em pedaços e deixa lugares vermelho-escuros, delicados, muito sensíveis (após 34 hs.). [Lr.]
75. De manhã ao despertar, uma língua completamente seca, forrada de marrom. [Kr.]
Acúmulo de saliva na boca e sensação como se a laringe estivesse comprimida (após 31 hs.). [Lr.]
Deglutição difícil; em tipo de pressão como por uma inchação interna na garganta. [Gn.]
Pressão aguda na parte anterior do esôfago e laringe, quando não engole, o que excita tosse, mas some ao deglutir. [Fz.]
Água com um gosto azedo se acumula na boca. [Kr.]
80. O muco eliminado pelo pigarro tem gosto completamente azedo e de deixa os dentes insensíveis (após 3, 4 hs.). [Kr.]
Secura e pontadas na garganta. [Fz.]
Sensação seca na fauce e um muco amargo ali, que torna a voz rouca. [Fz.]
Na ponta da língua a manteiga tem gosto azedo-salgado de modo repulsivo; no palato, entretanto, ela tem gosto normal. [Kr.]
Carne de açougueiro, mas especialmente o suco de carne assada, tem gosto totalmente azedo quando entra em contato com a ponta da língua dele. [Kr.]
85. Antes de comer, gosto amargo na boca; mas a comida tem um gosto natural. [Lr.]
Um gosto amargo sobe o esôfago para dentro da boca. [Fz.]
Fumaça de cigarro não tem gosto, ela causa queimação na garganta, quase como pirose, e tira o fôlego; isto é removido ao beber. [Kr.]
Eructação e soluço amargos. [Fz.]
Eructação vazia, que durou muitos dias, e surgia especialmente ao beber (após 1/2 h.). [Kr.]
90. Náusea, acompanhada de ansiedade, quando sentado, que desaparece ao ficar de pé (após 2 1/2 hs.). [Lr.]
Náusea, como por sobrecarga com comida gordurosa; ele pensava que devia que vomitar, com dor dolorida estupefaciente na fronte — ele somente ficava melhor ao ar livre (após 1 3/4 h.). [Lr.]
Enjôo e náusea no esôfago (após 2 3/4 hs.). [Lr.]
Após comer, grande frialdade, e especialmente após beber. [Fz.]
Movimento e rosnar indolores no abdome. [Kr.]
95. Gorgolejos na região umbilical, em direção ao lado esquerdo. [Gn.]
Um movimento persistente, rapidamente ocorrendo, no baixo ventre, como se bolhas fossem formadas nele, as quais explodem (após 5 1/2 hs.). [Lr.]
Tensão no scrobiculus cordis e pressão na cartilagem ensiforme quando abaixa. [Fz.]
Dolorido sob as costelas no lado esquerdo. [Gn.]
Dor dolorida no lado esquerdo do abdome. [Gn.]
100. Beliscadura na barriga (após 1 1/4 h.). [Gn.]
Dor de barriga: beliscadura no abdome, seguida de eliminação de flatos (após 3, 16 hs.). [Lr.]
Pontadas doloridas persistentes no lado esquerdo do abdome (após 24, 30 hs.). [Gn.]
Dor terebrante de dentro para fora, na região umbilical, em direção ao lado direito. [Gn.]
Pontadas doloridas tensivas no lado direito do abdome. [Gn.]
105. Pontadas isoladas, violentas e agudas, algumas vezes no lado esquerdo do abdome superior, algumas vezes no lado esquerdo ou direito do abdome, algumas vezes tamb
ém no baixo ventre (após 14, 31 hs.). [Gn.]
Uma pontada severa no lado do abdome, durando um minuto. [Rz.]
Pontadas queimantes no baixo ventre esquerdo em direção aos genitais (após 25 hs.). [Gn.]
Pressão na região lombar esquerda de dentro para fora. [Gn.]
Dor pruriginosa que pica nos músculos abdominais direitos. [Gn.]
110. Grugulejar4 indolor nos músculos do baixo ventre esquerdo. [Gn.]
Sensação de dor na virilha esquerda quando anda, como se deslocada, a qual é um tanto diminuída ao ficar de pé e tocar (após 6 hs.). [Lr.]
Coceira formicante no períneo, entre o ânus e a pudenda, a qual obriga a coçar (após 14 hs.). [Lr.]
Coceira voluptuosa no períneo, que obriga a coçar, a qual causou uma dor erosiva nesta região, durando muitas horas (após 32 hs.). [Lr.]
No primeiro dia uma segunda evacuação, não dura, eliminada com dificuldade e com muito pressionar (após 8 1/2 hs.). [Lr.]
115. No primeiro dia uma terceira evacuação, menos dura, eliminada com muito pressionar (após 16 hs.). [Lr.]5
Evacuação mais cedo que de costume e pastosa; mas o desejo mórbido de evacuar continuou sem sair mais alguma coisa. [Fz.]
Desejo mórbido de urinar, sem dores (após 1 h.). [Lr.]
Desejo mórbido freqüente de urinar, com descarga copiosa de urina6 (após 3 hs.). [Lr.]
Desejo mórbido freqüente de urinar, com pouca descarga de urina6 (após 25 hs.). [Lr.]
120. Comichão no prepúcio, que obriga a coçar (após 7 1/2 hs.). [Lr.]
Uma constante dor terebrante na glande peniana. [Gn.]
Uma fina pontada no testículo esquerdo. [Gn.]
Pontadas queimantes no testículo direito. [Gn.]
4 N. T. Bras.: em inglês “gurgling”, em alemão “. Entenda-se aqui como uma espécie de tremor muscular.
5 N. T. Bras.: este sintoma e o anterior correspondem, muito provavelmente, à mesma seqüência de eventos mórbidos no mesmo indivíduo.
6 A partir desses dois sintomas, o primeiro dos quais é ação primária, mas o segundo ação secundária, ou reação permanente do organismo, vemos quão perversa é a prática comum, quando ela tenta curar efusões hidrópicas crônicas com excreção urinária diminuída, por meio do dente-de-leão. Se, como é sua natureza fazer, ele de início produz uma maior eliminação de urina, ele diminui a excreção ainda mais em sua ação secundária permanente. Por outro lado, seria mais provável realizar uma ajuda homeopática em certos tipos de diureses mórbidas (diabete), para os quais o dente-de-leão é senão indicado, contanto que nenhuma caquexia miasmática seja a causa da afecção — como, de fato, é amiúde o caso. — Hahnemann.
Emissão seminal em noites alternadas. [Kr.]
125. Ereções involuntárias, prolongadas (após 9 ds.).7
* * *
Quando anda ao ar livre, espirros freqüentes (após 4, 28 hs.). [Lr.]
Irritação coceguenta para tosse curta na região do buraco da garganta, a vinda da qual é perceptível para ele muitos segundos antes, mas é incapaz de suprimi-la (após 40 hs.). [Lr.]
Uma dor terebrante e perfurante no lado direito do peito, mais severa e persistente quando caminha (após 3 hs.). [Gn.]
Pressão no lado esquerdo do peito sob a axila. [Gn.]
130. No lado direito do peito, da região do fígado para cima até dentro do peito, numa área maior que uma mão, uma pressão nas costelas a partir de dentro, durante expiração, quando fica de pé. [Fz.]
Dolorido queimante no esterno, mais severo durante expiração que inspiração (após 1/2 h.). [Gn.]
Uma pontada dolorida no lado direito do peito, que desaparecia ao inspirar e expirar mais fortemente; mas quando ele pressionava a região, ela retornava mais violentamente e se estendia mais além, como uma prolongada dor que espeta (após 2 hs.). [Gn.]
Uma pontada no lado direito do peito (após 4 hs.). [Gn.]
Pontadas obtusas no lado esquerdo do peito (após 1 h.). [Gn.]
135. No lado esquerdo do peito, pontadas em direção às costas. [Gn.]
Quando fica de pé, pontadas dardejam para dentro no peito durante a inspiração. [Fz.]
Quando anda, pontadas contínuas no lado direito do peito. [Gn.]
Violentas pontadas no esterno (após 6 hs.). [Gn.]
Pontada no lado direito do peito, logo abaixo da axila (após 1 1/2 h.). [Gn.]
140. Sob a última costela do lado esquerdo, em direção das costas, três violentas pontadas, uma a cada respiração. [Kr.]
Uma pontada severa na região da sexta costela. [Kr.]
Violentas pontadas no lado esquerdo do peito, na costela mais inferior. [Gn.]
Pontadas no lado direito do diafragma, quando deita sobre aquele lado. [Gn.]
Na extremidade do ombro da clavícula direita um repuxar terebrante que espeta. [Fz.]
145. Fasciculação nos músculos intercostais esquerdos. [Gn.]
Fasciculação nos músculos intercostais direitos (após 14 hs.). [Gn.]
Ao fazer uma inspiração completa, dor tensiva na região do diafragma (após 11 hs.). [Gn.]
7 Nenhum nome é colocado junto a este sintoma. — Hughes.
Dolorido no sacro. [Gn.]
Pressão suave no sacro quando de pé. [Fz.]
150. Um correr8 indolor no sacro. [Gn.]
Pontadas tensivas nas costas em direção ao lado direito. [Gn.]
Dor dolorida que espeta na coluna espinal inteira em direção ao lado direito, quando deita, com respiração difícil, especialmente severa no sacro. [Gn.]
Uma pontada obtusa persistente na escápula direita, de dentro para fora (após 21 hs.). [Gn.]
Vibração e tremor na escápula direita. [Gn.]
155. Latejo pulsátil no ombro esquerdo, por um minuto. [Kr.]
Fasciculação no ápice do ombro esquerdo. [Gn.]
Vibração9 indolor no ombro esquerdo, com frio generalizado. [Gn.]
Fasciculação nos músculos da parte superior do braço esquerdo, no lado externo (após 4 hs.). [Gn.]
Tremor na parte superior do braço. [Gn.]
160. No interior da parte de cima do braço latejo pulsátil, em acessos. [Kr.]
Dor pressiva nos músculos da parte superior do braço esquerdo (após 30 hs.). [Gn.]
Dor pressiva no lado interno do braço esquerdo. [Gn.]
Dor como choques elétricos no lado externo da parte superior do braço esquerdo. [Gn.]
Dor que espeta no lado de dentro da parte superior do braço esquerdo. [Gn.]
165. Pontadas agudas no lado de fora do braço esquerdo. [Gn.]
Atrás da parte superior do braço uma série de agulhadas dolorosas, algumas vezes violentas, as quais são removidas ao esfregar. [Kr.]
Pontadas intermitentes no lado de fora entre o cotovelo e o meio da parte superior do braço direito, quando em repouso. [Fz.]
Pontadas na articulação do cotovelo direito. [Gn.]
Picadas no antebraço esquerdo, quando em repouso e quando movimenta (após 13 hs.). [Lr.]
170. Pontadas agudas no antebra&cced
il;o direito, que desaparecem ao tocar (após 13 hs.). [Lr.]
Fasciculação nos músculos do antebraço esquerdo (após 10 hs.). [Gn.]
Queimação no antebraço direito. [Gn.]
Dor pressiva no lado de dentro do antebraço direito. [Gn.]